Economia
Fim do auxílio emergencial traz onda de endividamento em Alagoas
Principal vilão dos maceioenses é o cartão de crédito, representando 96,6% das dívidas
Apesar do auxílio emergencial durante a pandemia, os maceioenses voltam a se endividar nos próximos meses. Esta afirmação é do doutor em Economia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cícero Péricles. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, produzido pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas, revelaram uma queda no número de endividados entre janeiro e setembro deste ano.
Usando como principal exemplo a cidade de Maceió, durante o mês de janeiro um total de 205.318 maceioenses possuíam algum tipo de dívida, sendo que 43.452 não teriam condições de pagá-las. Oito meses depois esse número caiu para 202.052, com 42.926 sem condições de pagar.
Mesmo que tímida, a diminuição no número de endividados na capital alagoana serve de alerta para uma onda de novos endividados a partir do mês de janeiro causada pelo fim total do pagamento do auxílio emergencial repassado pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.
Atualmente, 1,22 milhão de alagoanos recebem o auxílio, e, considerandp apenas o valor pago para mulheres chefes de família, foram injetados aproximadamente R$ 6 mil em um intervalo de cinco parcelas na renda de uma única família.
O principal vilão dos maceioenses é o cartão de crédito, representando 96,6% das dívidas, seguido dos carnês (18,4%) e crédito pessoal (6,2%).