Economia
Dólar opera em queda, negociado a R$ 5,03
Parcial do mês mostra declínio, mas ano ainda registra alta de 25,81%
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (14), refletindo otimismo no exterior em torno de mais estímulos nos Estados Unidos e progresso em direção à ampla distribuição de vacinas, enquanto no Brasil os investidores ficavam de olho em indicadores da atividade econômica.
Às 10h5, a moeda norte-americana caía 0,23%, a R$ 5,0328. Na mínima até o momento, chegou a R$ 5,0228, renovando mínimas desde 12 junho (R$ 5,0024).
Já o Ibovespa opera em alta, se mantendo acima dos 115 mil pontos.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,0446, mas recuou 1,54% na semana. Na parcial do mês, tem queda 5,65%. No ano, ainda registra alta de 25,81%.
O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional de até 16 mil contratos com vencimento em abril e setembro de 2021, destaca a Reuters.
Cenário local e externo
No exterior, a decisão de prorrogar as negociações comerciais entre Reino Unido e União Europeia mantinha vivas as esperanças de um eventual acordo entre os britânicos e o bloco europeu. Nos EUA, investidores mantinham as esperanças de mais estímulo na economia.
Por aqui, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para 2020 pela décima oitava semana seguida, que passou de 4,21% para 4,35%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão do tombo no ano passou de de 4,40% para 4,41% na semana passada.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,22 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, a estimativa caiu de R$ 5,10 para R$ 5,03 por dólar, segundo o boletim Focus do Banco Central. Já o Banco Itaú revisou sua projeção de taxa de câmbio para R$ 4,75 por dólar em 2021, citando o "cenário global mais benigno para ativos de risco e a redução da incerteza fiscal".
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do PIB teve expansão de 0,86% em outubro, na comparação com setembro, a 6ª alta mensal consecutiva, segundo o Banco Central.
Já a Fundação Getulio Vargas mostrou que a prévia das sondagens sinaliza recuo pelo terceiro mês consecutivo da confiança empresarial e dos consumidores em dezembro.
No Brasil, continuava também no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020, assim como a taxa básica de juros em mínimas históricas.