Economia
Aluna da Ufal ganha premiação nacional de empreendedorismo estudantil
Negócio de impacto socioambiental foi o único da região Nordeste entre os três finalistas
Na última sexta-feira (26), a alagoana Liliane Vicente, graduanda em Administração pela UFAL e diretora executiva do negócio Amitis, ganhou o segundo lugar da edição brasileira do Global Student Entrepreneur Awards. As apresentações da semifinal e final emocionaram os jurados e os telespectadores de todo o país. Todo ano, a instituição Entrepreneurs’ Organization premia estudantes de várias regiões do Brasil que gerenciam negócios de impacto socioambiental enquanto estão na faculdade.
O Amitis é um negócio de impacto socioambiental que atua através da venda de sistemas hidropônicos sustentáveis de baixo custo, gerando possibilidade de plantio no meio urbano e nova fonte de renda a micro agricultores, além de aproximar o alimento do consumidor, o que reduz etapas da cadeia de produção e evita o desperdício de alimentos. Surgiu como projeto em 2017, na organização estudantil Enactus UFAL, atualmente, quatro sócias tocam o negócio que têm conquistado parcerias importantes para potencializar seu impacto, como Cargill, Amanco Wavin, e a alagoana Weni.
A EO Brasil selecionou neste ano 18 organizações e, durante o mês de fevereiro, os competidores tiveram o apoio de mentores para apresentar a trajetória de cada estudante empreendedor e seus negócios. “O William (Mentor do Amitis) foi uma pessoa muito importante nesse processo. Ele contribuiu não só para a conquista do vice-campeonato, mas também para que nossa visão sobre o Amitis ficasse mais ampla, fazendo com que o potencial do nosso negócio só aumentasse”, relata Liliane sobre a importância da mentoria para a evolução do negócio.
Conheça o Amitis
A construção dos módulos da horta Amitis é feita a partir da utilização de garrafas pets e pallets, dando nova destinação para materiais que acabam sendo descartados indevidamente. Ao adquirir o sistema hidropônico, os franqueados são cadastrados em uma plataforma de delivery virtual, facilitando a distribuição de alimentos saudáveis e de alto valor nutricional agregado na sociedade urbana, que antes não tinha acesso facilitado.
A horta hidropônica ofertada produz 50% mais rápido, em comparação com uma horta comum, e o substrato inerte utilizado evita a proliferação de pragas e doenças que atingem os cultivos. Além disso, o sistema cíclico da horta contribui em 88% na economia de água, gerando uma diminuição no tempo de manutenção para apenas dois dias semanais.
Sobre o futuro do Amitis, Liliane finaliza: “No Amitis a gente tem um sonho muito grande que começou com aquela base de conseguir contribuir para alimentação das pessoas. Então com o repasse das hortas, nosso sonho é que em três anos a gente consiga estar pelo menos mais três estados do Brasil, facilitando a distribuição de alimentos nesses locais”.