Economia
500 mil alagoanos são excluídos do novo auxílio emergencial
Mais vulneráveis serão contemplados com o novo benefício até julho deste ano
Cerca de 500 mil alagoanos ficaram de fora do novo Auxílio Emergencial pago em 2021. Os dados revelados pelo Ministério da Cidadania são apenas uma estimativa, mas representam uma diminuição na renda média de Alagoas, além de um aumento no extrato da parcela mais pobre da população e consequentemente da fome no estado, como avalia o doutor em Economia e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Cícero Péricles.
A nova etapa do auxílio, no entanto, deve injetar um volume superior a R$ 188 milhões mensais, totalizando aproximadamente R$ 750 milhões até o final de julho ante R$ 5,5 bilhões pagos no ano passado.
Enquanto em 2020 foram beneficiadas 1,2 milhão de pessoas, neste ano o número diminuiu para cerca de 700 mil contemplados que foram considerados em condições sociais mais vulneráveis. A quantidade exata, no entanto, segundo a pasta federal, será publicada no portal da transparência até o começo de maio.
“As consequências são claras: aumento do desemprego e queda da renda média, afetando tanto a produção como o consumo. Além da perda dos benefícios, os extratos mais pobres da população vêm sofrendo especialmente com a inflação da baixa renda, sustentada pela elevação dos preços de alimentos, que subiu 15% nos doze últimos meses, somada à inflação dos combustíveis, que fez disparar os preços, especialmente da gasolina e do gás de cozinha”, analisa o especialista sobre a nova fase do auxílio.