O Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL) recebeu o anúncio do governo federal sobre o corte realizado nas verbas do orçamento de 2021, que irá afetar diretamente a continuidade de obras da faixa 1 do Programa Casa Verde e Amarela. Na sexta-feira (23), representantes das entidades ligadas à construção, liderados pela Câmara Brasileira da Construção (CBIC), entidade máxima do setor no país, declararam preocupação com os rumos do segmento, atingido de forma negativa no programa habitacional importante para milhares de empresas e famílias.

Em nota assinada pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins, a entidade ressaltou que com o veto, que praticamente zera as despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), serão paralisadas as obras de 250 mil casas que hoje estão em construção no país. O montante emprega diretamente em torno de 250 mil pessoas e outras 500 mil entre empregos indiretos e induzidos. 

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL), Alfredo Brêda, disse que o setor não entende os motivos do governo federal, em um momento como este, cortar recursos de um programa habitacional que está dando certo, ocasionando a perda de milhares de empregos .

“Além dos aumentos de preços abusivos, da inflação, de não haver um reequilíbrio de preços do programa Minha Casa Minha Vida, principalmente do FAR, agora resolveram cortar os recursos de forma absurda, sem o menor sentido. Todo o setor está apreensivo”, disse Brêda.

Para o presidente do Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC), Marcos Holanda, O corte nas verbas do orçamento da União para 2021 no Programa Casa Verde Amarela, caso não seja urgentemente reparado, irá ocasionar uma crise econômica e social de proporções imensuráveis na região Norte/Nordeste. Segundo Holanda, hoje, nestas regiões, existem 362 obras em andamento, somando 123.949 unidades habitacionais, com 198 mil empregos diretos.

“Como presidente do Fórum Norte Nordeste apelo ao Congresso Nacional com o apoio de todos os nossos deputados e senadores para que possamos de forma urgente evitar esta grande crise que se apresenta à nossa frente e que poderá gerar um enorme desemprego em nossas regiões”, disse Marcos Holanda.

Confira na íntegra a nota da CBIC

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e todas as suas entidades associadas veem com muita preocupação e perplexidade o corte realizado nas verbas do Orçamento de 2021 para dar continuidade às obras da faixa 1 do programa Casa Verde e Amarela.

Com o veto, que praticamente zera as despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), serão paralisadas as obras de 250 mil casas que hoje estão em construção no país. O montante emprega diretamente em torno de 250 mil pessoas e outras 500 mil entre empregos indiretos e induzidos.

No momento que o Brasil atravessa, com tantos desafios impostos em decorrência da pandemia, esse corte não estava previsto em lugar algum.

Agora, confiamos na sensibilidade do Congresso Nacional, para que possamos reverter essa situação urgentemente. E que, assim, não se inicie uma imensa onda de demissões no setor, já extremamente afetado pelos aumentos nos preços dos insumos, que impactam seriamente seus contratos, que têm preço fixo.