Economia

Alagoas tem queda no nº de empresas da indústria da construção

Maior redução do Nordeste no número de empresas do ramo no período de dez anos

Por Redação com Assessoria 17/06/2021 14h02 - Atualizado em 18/06/2021 12h12
Alagoas tem queda no nº de empresas da indústria da construção
Maior redução do Nordeste no número de empresas do ramo no período de dez anos - Foto: Gilson Abreu

Dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) divulgados nesta quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que Alagoas registrou a maior redução do Nordeste no número de empresas do ramo no período de dez anos, indo na contramão da Região. Nesse indicador, Alagoas saiu de 383 empresas em 2010 para 354 em 2019, o que representou uma queda de 7,58%. No Nordeste, somente Sergipe também perdeu empresas no mesmo período (355 para 338).

A queda no número de empresas atuantes em Alagoas contrastou com os aumentos de 33,5% 30,5% observados para o Nordeste e Brasil, respectivamente.

A pesquisa também mostrou uma diminuição do número de pessoas empregadas na área. Em 2019, eram 16.726 pessoas ocupadas no setor em Alagoas, representando uma quantidade quase 40% menor em relação aos 27.837 trabalhadores estimados em 2010. Os dados levam em consideração as empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas.

Nesse quesito, o resultado no estado alagoano ficou levemente acima da queda de 36,5% registrada no mesmo período para o Nordeste. Entre os estados da região, Maranhão (53%), Pernambuco (51%) e Sergipe (43%) sofreram quedas maiores que Alagoas. Rio Grande do Norte (33%), Piauí (31%), Bahia (30%), Ceará (28%) e Paraíba (15%) ficaram abaixo.

No Brasil, serviços especializados aumentam participação no setor da construção entre 2010 e 2019

No Brasil, a indústria da construção gerou R$ 288,0 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços em 2019, sendo R$ 273,8 em obras e/ou serviços (95,1%) e R$ 14,2 bilhões em incorporações (4,9%). Entre 2010 e 2019, a PAIC mostrou a perda de participação das obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor: de 44,1% para 32,2%. Já construção de edifícios avançou de 39,1% para 44,2% no período, assumindo o primeiro lugar no ranking. Mas a maior alta foi de serviços especializados para construção: de 16,8% para 23,6%.

“Os serviços especializados para construção são contratados pelas grandes empresas de obras, a exemplo de demolição e preparação do terreno, instalações elétricas e hidráulicas, pintura e obras de acabamento. Isso demonstra uma mudança estrutural com redução da verticalização das grandes construtoras e maior especialização”, explica o analista da pesquisa, Marcelo Miranda, analisando o panorama nacional.