Economia
Setor de serviços avança 10% em Alagoas no mês de maio, aponta IBGE
Na comparação entre maio de 2021 e o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 48,5% do setor no Estado
O setor de serviços avançou 10% em Alagoas na passagem de abril para maio. O resultado representa a terceira taxa positiva em 2021: houve aumento em fevereiro (4,2%) e março (1,9%) e queda em janeiro (9%) e abril (5,4%). As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação entre maio de 2021 e o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 48,5% do setor em Alagoas. Nos últimos 12 meses, o recuo verificado no volume de serviços foi de 8,1%. Já no acumulado do ano - de janeiro a maio de 2021 frente ao mesmo período do ano anterior – o aumento foi de 5,7%.
No Brasil, serviços avançam 1,2% em maio e volta a superar nível pré-pandemia
O volume de serviços cresceu 1,2% na passagem de abril para maio e superou, pela segunda vez este ano, o nível em que se encontrava antes da pandemia da Covid-19, em 0,2%. Com dois meses seguidos de resultados positivos, o setor acumulou alta de 2,5%, ainda insuficiente para recuperar as perdas de março (-3,4%), mas dá sinais de aquecimento na maior parte dos seus segmentos de atividades.
Mesmo assim, ainda se encontra 11,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. No ano, o setor acumula alta de 7,3% e nos últimos 12 meses registra -2,2%.
“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços. Em abril e maio essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, analisando o panorama nacional.
Das cinco atividades investigadas pela PMS, três tiveram crescimento em maio. Um dos destaques foi o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,7%), que têm o segundo maior peso no índice geral (32,8 pontos percentuais).
“A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço. O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio. Além disso, o segmento de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,6%), que também compõem a atividade, continua em ascensão, tendo atingido em maio seu patamar mais alto na série histórica da PMS. Contribuem para esse resultado as empresas de logística, as administradoras de aeroportos e as concessionárias de rodovias”, assinala Lobo.
Quase todos os estados registram crescimento
Regionalmente, quase todas (23 de 27) as unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em maio de 2021 na comparação com abril. Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (2,5%), que é também a localidade que tem maior peso no índice geral (45 pontos percentuais).
Outros destaques positivos foram Bahia (8,6%), Minas Gerais (2,1%) e Distrito Federal (3,7%). Por outro lado, Tocantins (-2,9%), Mato Grosso (-0,4%), Piauí (-1,9%) e Rondônia (-0,8%) registraram as únicas retrações em termos regionais.
A Pesquisa
Divulgada mensalmente, a PMS trabalha em todo o país com uma amostra de mais de 12 mil empresas de serviços que possuam 20 ou mais pessoas ocupadas e, além disso, a receita precisa ser proveniente principalmente da atividade de prestação de serviços.
A amostra contempla empresas cuja atividade principal está compreendida nos cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0): Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio; Outros serviços.