Economia
Bolsa Família injeta R$ 338 milhões na economia de Alagoas no primeiro semestre
Números mostram que programa do governo federal teve crescimento 44,7% no primeiro semestre deste ano
O montante de recursos pagos em Alagoas referente ao programa Bolsa Família aumentou 44,7% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério. Os números apontam que o governo federal já pagou R$ 338 milhões aos alagoanos este ano, ante R$ 223,5 milhões no ano passado.
De acordo com o Ministério da Cidadania, somente em junho foram pagos R$ 34,2 milhões a 416.671 famílias. O valor médio pago a cada família foi de R$ 82,10. No ano passado o programa injetou R$ 2,9 bilhões na economia do Estado. O calendário de pagamentos do mês de junho aponta que Maceió foi o município alagoano que mais recebeu recursos do Bolsa Família, com R$ 2,8 milhões destinados às famílias da capital.
Arapiraca aparece na segunda posição com R$ 1,3 milhão. Girau do Ponciano completa o ranking, com 1,2 milhão. Já as cidades com menores valores recebidos foram Feliz Deserto (R$ 24, 8 mil), Jacuípe (R$ 36,3 mil), Pindoba (R$ 47,1 mil).
Na terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Bolsa Família deve ter seu valor médio reajustado para cerca de R$ 300. De acordo com Bolsonaro, o aumento será na ordem de 50%.
“Sabe qual a média do Bolsa Família? R$ 192, hoje o Auxílio Emergencial está em R$ 250. O que pretendemos fazer? Fixar no mínimo em R$ 300 reais o novo Bolsa Família a partir de novembro. Vai ser um aumento [de] mais de 50%. É pouco? Sei que é pouco, mas é o que a nação pode dar. Estamos prevendo em torno de 22 milhões de pessoas recebendo Bolsa Família a partir de dezembro. É um número assustador”, declarou, em entrevista à rádio Itatiaia.
O presidente havia anunciado em meados de junho os novos valores do benefício. Na ocasião, ele também havia confirmado a última prorrogação do auxílio emergencial, que foi posteriormente efetivada e que deve vigorar até outubro.
O presidente foi questionado se pretende mudar o programa social de nome. Conselheiros de Bolsonaro têm argumentado que o Bolsa Família ainda é fortemente associado aos governos do PT, principalmente no Nordeste.
“Alguns falam em mudar de nome, para tirar... Eu não estou preocupado em mudar de nome, eu quero atender a população”, disse o presidente.
O Bolsa Família foi criado a partir da unificação de diferentes ações sociais. O lançamento ocorreu no final de 2003. Turbinar o programa é considerado uma das principais estratégias para a campanha de reeleição de Bolsonaro. As pesquisas de opinião atuais mostram amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação é que o incremento no programa social deve ajudar Bolsonaro a melhorar sua popularidade.
Maior número
Dados do Ministério da Cidadania apontam ainda que Alagoas alcançou no último mês de abril o maior número da série histórica de famílias em situação de rua inscritas no Cadastro Único do governo federal, que teve início em agosto de 2012.