Economia

Levantamento aponta impacto negativo da pandemia em 76% das empresas de Alagoas

12% dos gestores afirmaram que suas empresas não serão capazes de recuperar-se dos impactos da Covid-19

Por Redação com Portal Acta 04/08/2021 08h08
Levantamento aponta impacto negativo da pandemia em 76% das empresas de Alagoas
Comércio de Maceió - Foto: Reprodução

Um levantamento realizado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e divulgado nessa terça-feira (03) aponta Alagoas como um dos estados onde as empresas mais sentiram os impactos da pandemia. 

O levantamento foi feito entre os dias 8 de março a 9 de abril deste ano, através de entrevistas com governos, associações municipalistas, de categorias profissionais e do setor produtivo.

O estudo mostra que 76% das empresas de Alagoas, Ceará e Maranhão mais sentiram os impactos negativos da pandemia do Coronavírus. Na outra ponta, estão Espírito Santo e Paraíba, com 55% e 64%, respectivamente, das empresas que disseram ter sentido muito fortemente os efeitos da Covid-19.

Uma redução no faturamento e na receita foi mais sentido nos empreendimentos do Ceará (80%), Maranhão e Sergipe (78%).

Alagoas surge novamente quando analisada a perda de metade ou mais do faturamente. 38% das empresas do estado relataram essa situaçao. O estado com mais respostas positivas foi Sergipe, com 45%.

Social

Além da situação das empresas, apresentada em parte nesta reportagem, o estudo também trouxe alguns pontos da assistência social e renda da população.

A pandemia da Covid-19 afetou negativamente a renda de 59% dos entrevistados. O impacto negativo foi maior entre os jovens adultos entre 31 e 40 anos (67%), com instrução até nível médio (60%) e renda até 1 salário mínimo (60%). Considerando os resultados por unidade da federação, os moradores do Piauí (79%), Ceará (65%) e Espírito Santo (64%) foram os que mais indicaram ter perdido renda por conta da pandemia.

Para 30% dos entrevistados, será necessário um período superior a um ano para retornar a renda pessoal semelhante ao que tinha antes da pandemia. Adultos de 31 a 40 anos de idade (37%), pessoas com instrução até nível fundamental (32%) e com renda até um salário mínimo (33%) foram os que mais citaram esse tempo de retomada. Entre os estados, os moradores que mais contribuíram para o índice de 79 foram os do Piauí (93%), Alagoas (87%) e Ceará (83%).

Ao serem questionados sobre a forma de atuação do governo federal para ajudar as pessoas a superarem a crise causada pela pandemia da Covid-19, as principais expectativas da população se relacionaram ao auxílio às empresas para a geração de empregos (58%), manutenção do programa renda emergencial (45%) e investimento em vacinas/acreditar na ciência (44%).

O desejo por auxílios às empresas para geração de empregos é maior entre os moradores do Rio Grande do Norte (73%) e Piauí (70%).

Os moradores da Paraíba (67%) e de Alagoas (58%) são os que mais esperam pela prorrogação do programa de renda emergencial, enquanto o investimento em vacinas gera mais expectativa entre os moradores da Paraíba (63%), Rio Grande do Norte (61%) e Ceará (57%).