O governo de Alagoas segue colhendo bons resultados na arrecadação própria. Em 2021, o crescimento médio acumulado passa dos 30%. Ainda assim, o secretário da Fazenda de Alagoas, mantém aceso o sinal amarelo.

Segundo informações veiculadas no blog do jornalista Edivaldo Júnior, o que preocupa George Santoro é a inflação – que pode ser o real motivo para o maior volume arrecadado por Estados, especialmente do ICMS.

“A arrecadação está mantendo a linha de todos os meses. Todos os setores estão indo bem, com todos os segmentos crescendo”, aponta, acrescentando que o melhor desempenho pode ser efeito dos preços mais altos: “estamos vivendo momento de inflação muito alta no país, em aceleração. E isso se reflete na arrecadação de ICMS. Isto está acontecendo em todos os Estados do país”.

Apesar do forte crescimento da receita estadual, Santoro não vê motivos para comemoração: “isso é um efeito muito ruim (o da inflação), que a gente vê a renda disponível das pessoas diminuindo. Não é um momento adequado para a economia”.

Desempenho

Nos seis primeiros do ano, a Sefaz-AL conseguiu um crescimento acima do “esperado” do ICMS. Em janeiro foram arrecadados R$ 482,007 milhões (alta de 16,79%), fevereiro R$ 427,8 milhões (16,28%), março com R$ 394,8 milhões (18,95%). Em abril, R$ 414,2 (42,98%), R$ 412,3 milhões (67,18%) e em junho o volume arrecadado chegou a R$ 408,4 milhões com variação de 36,77% .

Pelo quarto mês consecutivo, o ICMS apresentou um desempenho acima do “normal”. Em julho, o volume arrecadado chegou a R$ 426,6 milhões, , com variação de 327,50% na comparação com igual mês do ano anterior, quando foram arrecadados R$ 334,71 milhões. Mesmo ficando abaixo dos três meses anteriores, o desempenho está muito acima da inflação e acima da média anual.

O resultado de julho, apesar de menor, praticamente não se refletiu no acumulado do ano. Nos sete primeiros meses de 2021, o volume de ICMS arrecadado em Alagoas chegou a R$ 2,97 bilhões, quase R$ 700 milhões a mais do que os R$ 2,28 bilhões arrecadados entre janeiro e julho de 2020. É como se o Estado tivesse este ano quase dois meses a mais de arrecadação. O crescimento nominal que era de 30,37% até junho oscilou para 30,1%.