Economia

Crise hídrica pode potencializar investimentos em energia renovável no Brasil

O Brasil aparece na 11ª posição do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável, elaborado pela EY

Por Redação com CNN Brasil 06/09/2021 18h06
Crise hídrica pode potencializar investimentos em energia renovável no Brasil
Segundo André, as fontes eólicas cresceram mais que as solares no Brasil nos últimos anos - Foto: Reprodução/Pascal Rossignol

André Flávio, diretor-executivo do setor de energia da EY, avalia que as restrições no setor elétrico, causadas pela crise hídrica, tem potencial para impulsionar ainda mais o interesse de empresários em investir em energias renováveis no Brasil.

O Brasil aparece na 11ª posição do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável, elaborado pela EY.
André Flávio aponta que o Brasil tem bastante potencial para geração de energia, e que precisa contar com a iniciativa privada para expandir a diversificação.

É uma oportunidade de o país fazer essa transição. Isso vai demandar muitos recursos e o Estado não vai ser capaz de fomentar todo esse investimento”, completou.
André conta ainda que as fontes eólicas cresceram mais que as solares no Brasil nos últimos anos. “A gente está passando por um momento de crise por uma recessão hídrica, e aqui a gente tem o investimento em outras fontes renováveis, como a solar e a eólica
”, aponta André Flávio.

A EY acredita que haverá uma inversão dessa lógica no futuro, ressaltando também a possibilidade de investidores construírem usinas com captações diferentes num mesmo terreno.

Teremos parques geradores com mais de uma fonte de energia e elas se complementarão”, explica André Flávio. “O dia em que está nublado vai ventar mais, e o dia em que estiver parado vai entrar uma insolação maior. Um parque com energia eólica e solar numa mesma área vai impulsionar o aproveitamento, principalmente no Nordeste, onde temos esses dois potenciais”, finalizou

O Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável da EY classifica 40 países.

O ranking é liderado pelos Estados Unidos, em meio à expectativa de que a gestão do presidente Joe Biden facilite investimentos para tornar o mercado americano menos dependente de combustíveis fósseis.