Economia

Auxílio emergencial só será estendido se houver nova variante da Covid, diz Guedes

Ministro está nesta semana em Washington, na capital dos Estados Unidos, para participar da reunião anual do FMI.

Por Redação com Metrópoles 13/10/2021 13h01 - Atualizado em 13/10/2021 13h01
Auxílio emergencial só será estendido se houver nova variante da Covid, diz Guedes
Paulo Guedes, ministro da economia - Foto: Reprodução

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou, ontem (12), que o governo só considera estender o auxílio emergencial, que ajudou famílias de baixa renda a sobreviverem na pandemia, se surgir uma nova variante da Covid-19.

“Se tivermos um aumento na doença, faremos o mesmo que antes: nós aumentaremos os gastos com proteção para os mais vulneráveis. Mas não é isso o que está acontecendo, com vacinação em massa e volta segura ao trabalho”, disse.

Guedes está nesta semana em Washington, na capital dos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante essa terça-feira (12), o ministro conversou com jornais locais. Em participação ao vivo na TV Bloomberg, ele defendeu que o crescimento da economia brasileira não será problema, e sim a inflação.

“As pessoas que perderam a eleição há três anos não respeitaram o resultado e continuam a bater tambores. A gente entende, é a primeira vez que a esquerda perdeu para liberais-conservadores”, alfinetou.

Mais cedo, Guedes também deu entrevista à CNN Internacional. Durante a conversa, o chefe da pasta econômica declarou que o aumento dos preços dos alimentos e da energia são os culpados pela alta do IPCA (indicador que regula a inflação no Brasil) e que a pandemia de Covid-19 fez explodir a inflação em todo o mundo.

Em setembro, o IPCA chegou a 1,16% e e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O número é quase o dobro da meta perseguida pelo Banco Central para 2021, de 5,25%.

Logo após essa declaração, o ministro ainda prometeu que o governo ampliaria benefícios sociais. “Vamos aumentar a transferência direta de renda para a população pobre cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse em referência ao Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família.