Economia
Em agosto serviços crescem 0,5% e alcançam o melhor patamar em 6 anos
É o quinto mês seguido de resultado positivo
Em agosto, a prestação de serviços cresceu 0,5% em comparação com julho e, é o quinto mês seguido de avanço, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor com isso, está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Entre os meses de abril e agosto, o setor de serviços acumulou ganho de 6,5%. Mesmo com esta sequência positiva, o segmento mostra perda de fôlego e vem crescendo de forma menos acelerada após bater alta de 1,9% em maio. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, diz que o bom desempenho é reflexo da imunização da população contra o novo coronavírus e o aumento da mobilidade das pessoas. “Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus.”
O setor foi alavancado por quatro das cinco categorias pesquisadas, dando destaque para serviços de informação e comunicação (1,2%) e transportes (1,1%), após resultados negativos em julho. Lobo diz ainda que :
“O primeiro foi impulsionado pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de softwares, portais e provedores de conteúdo e ferramentas de buscas na internet, além de edição integrada e impressão de livro. O segundo pelo transporte aéreo de passageiros e operação de aeroportos, na medida em que houve maior fluxo de passageiros se deslocando e aumentando a receita das companhias aéreas e das concessionárias de aeroportos. Destaco ainda a parte de logística de cargas”.
Já os serviços prestados às famílias avançaram 4,1% em agosto, sendo a quinta taxa positiva desde abril, acumulando crescimento de 50,5%. Esse avanço vem, novamente, do segmento de alojamento e alimentação, como os hotéis e restaurantes. Mesmo com o avanço em agosto, serviços prestados às famílias operam 17,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Com o menor impacto no índice, outros serviços (1,5%) eliminaram o recuo do mês anterior (-0,2%). Lobo explica:
“Essa atividade foi impulsionada pelos serviços financeiros auxiliares e, em menor medida, pelos serviços de pós-colheita correlacionados à agropecuária, como contratação de mão de obra para colheita da safra ou plantação de algum produto agrícola e locação de maquinário. Uma vez que é feita a colheita, há um conjunto de serviços que são utilizados nesse processo agrícola”.