Economia

Caminhoneiros que transportam combustível paralisam atividades em seis estados

Categoria reivindica redução no preço do diesel, gás de cozinha, gasolina e outros derivados

Por Redação com Metrópoles 21/10/2021 11h11
Caminhoneiros que transportam combustível paralisam atividades em seis estados
Divulgação - Foto: Reprodução

Transportadores de combustíveis de seis estados, em sua maioria do Sudeste, anunciaram ontem (20) uma paralisação a partir da meia-noite desta quinta-feira (21). Com o ato, eles reivindicam a redução dos preços do diesel, gás de cozinha, gasolina e outros derivados do petróleo. A categoria, tambén, pede redução de impostos federais e estaduais e alegam que os governos estaduais e federal jogam a responsabilidade um para o outro e o preço não é reduzido, deixando as empresas no prejuízo.

A expectativa é que, no Rio de Janeiro, a manifestação tenha a adesão de aproximadamente 1.500 veículos de 300 companhias, que vai permanecer parados na base de Campos Elíseos, próxima à Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), na Baixada Fluminense.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), os transportadores de São Paulo (na região da Replan – Refinaria de Paulínea – e no Porto de Santos), Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e parte da Bahia, coordenados pelos sindicatos empresariais, também paralisaram as atividades.

“Essa paralisação vai ser o estopim dos protestos contra os reajustes dos preços dos combustíveis. Ninguém suporta mais”, disse Ailton Gomes, presidente da Associtanque (Associação das Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro). “As empresas estão com acumulando prejuízos e falindo, e os preços dos alimentos continuam aumentando por causa do encarecimento do transporte”, completou.

GREVE GERAL

Uma greve geral está marcada para o dia 1º de novembro, que pretende ser um ato ainda maior, de acordo com a CNTTL, e deverá ter adesão de 70% do setor. O estado de greve foi decidido pela entidade, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados também apoia a greve dos transportadores de combustíveis. Segundo a entidade, os seguidos reajustes nos preços dos combustíveis são consequência da equivocada política PPI (Preço de Paridade de Importação), adotada pela gestão da Petrobras. 

A FUP contesta o modelo pelo fato de o Brasil ser autossuficiente em petróleo, tendo grande parte de seus custos em Real. “Enquanto o PPI não mudar, a inflação, que já supera 10% em doze meses, vai continuar sua cruel trajetória de alta, impulsionada pelos combustíveis e gás de cozinha”, criticou a entidade.