Economia
Frutas, verduras e combustíveis puxam a inflação de novembro; veja os itens que mais subiram
A aceleração da inflação em 2021 é puxada pela variação de preços administrados, como a energia elétrica e os combustíveis
Dentre os produtos que lideraram a alta de 0,95% da inflação em novembro, estão os produtos do campo, principalmente as frutas e verduras, e os ligados ao transporte, como combustíveis e os aplicativos, sendo a maior alta para o mês desde 2015.
Desde novembro do ano passado, a variação de preços registrou alta de 10,74%, acima dos 10,67% do período encerrado em outubro. Nos últimos 18 anos, este é o resultado mais expressivo. Os produtos que estão em destaque são os itens agrícolas e os combustíveis que estão na ponta de cima e, é explicado pela variação do dólar ante o real, o encarecimento de commodities e a crise hídrica enfrentada pelo país nos últimos meses.
Seis dos dez itens que mais subiram em novembro, estão ligados aos alimentos, e quatro fazem parte do guarda-chuva dos transportes. A alta do mês é liderada pelo encarecimento de 16,34% da cebola, seguida pela alta de 13,22% da banana-maçã e 11,25% da laranja-baía. O etanol (10,53%) aparece na sequência, com a laranja-lima (9,63%) e a batata-doce (7,81%) logo atrás. O óleo diesel (7,48%) está na sétima posição, seguido pela gasolina (7,38%), café moído (6,87%) e os transportes por aplicativo (6,77%).
O motivo que leva os preços dos produtos do campo à alta dos valores, são impactados principalmente pelas questões climáticas, que também fizeram o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio despencar 8% no terceiro trimestre de 2021 em comparação com os três meses anteriores, e foi fundamental para recuo de 0,1% da economia brasileira como um todo no período.
A aceleração da inflação em 2021 é puxada pela variação de preços administrados, como a energia elétrica e os combustíveis, que são fenômenos também observados em outras partes do mundo em meio ao processo de recuperação da economia global pós-crise da Covid-19.