Economia
Governo consegue R$ 1,65 bi em leilões de saneamento; dinheiro vai para prefeituras
Valor arrecadado com as outorgas e investimentos devem garantir a universalização dos serviços de água e esgoto não próximos anos
A Casal está agora 100% “privatizada” – ou quase. Trata-se, na verdade, de concessão dos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto. A companhia continuará atuando na produção de água paras as concessionárias.
Nesta segunda-feira, 13, foram realizados dois leilões para concessão dos blocos B e C. O bloco A, região metropolitana, foi leiloado no ano passado.
Os dois leilões tiveram resultado de R$ 1,65 bi e ficou abaixo do era esperado pela equipe econômica do Estado, que previa receita de no mínimo R$ 2 bi.
O governo comemorou os resultados, preferindo ver a metade cheia do copo. O valor arrecadado com as outorgas e investimentos devem garantir a universalização dos serviços de água e esgoto não próximos anos.
O resultado certamente seria melhor não fosse as recomendações em contrário do deputado federal Arthur Lira e do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa. Os dois lideraram um movimento que deixou vários municípios fora do leilão.
Os consórcios Alagoas e Mundaú venceram hoje o leilão para prestação de serviços regionais de saneamento, ao oferecerem lances de R$ 1,215 bilhão e R$ 430 milhões, respectivamente para operar os blocos B e C, até então administrados pela Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas).
Diferente do primeiro leilão, que tem o valor da outorga (R$ 2 bi) sendo disputado pelo governo de Alagoas e prefeitura de Maceió, os valores arrecadados nos dois leilões de hoje serão rateados integralmente entre as prefeituras.quenfazem parte dos blocos B e C.
Além do valor pela outorga, os consórcios vencedores, incluindo a BRK na região metropolitana, devem assegurar investimentos que somados, vão ultrapassar R$ 9 bi.