Economia

Banco Central reduz previsão do PIB para 2021 e corta pela metade a estimativa de 2022

A projeção de alta para este ano foi de 4,4%, enquanto em 2022 a expectativa foi revista de 2,1% para 1%

Por Redação com Jovem Pan 16/12/2021 11h11
Banco Central reduz previsão do PIB para 2021 e corta pela metade a estimativa de 2022
Expectativas para a economia deste ano e para 2022 foram revistas pelo Banco Central com alta da inflação e dos juros - Foto: Reprodução

As expectativas para o desempenho da economia brasileira em 2021 e 2022, foram reduzidas pelo Banco Central segundo informações do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgadas nesta quinta-feira, (16). 

Neste ano, a autoridade monetária passou a enxergar o Produto Interno Bruto (PIB) em 4,4% — contra previsão de 4,7% em setembro. Já para 2022 a estimativa foi cortada em mais da metade, passando de 2,1% para 1%. Para este ano, as projeções chegaram a apontar alta acima de 5% — patamar ainda defendido pelo Ministério da Economia. A escalada da inflação, o aumento dos juros e fatores climáticos, no entanto, frearam as atividades. 

Conforme as informações  do Banco Central, apesar de ligeiras elevações nas variações das atividades no primeiro semestre deste ano, os dados do terceiro trimestre vieram piores do que o esperado, o que gera impacto também nas projeções do desempenho do próximo ano.

O Banco Central informou :“Corroborando a evolução menos favorável da atividade, os indicadores de confiança de empresários e consumidores, particularmente relevantes para entender a atividade ao longo do trimestre corrente, recuaram nos últimos meses. Dessa forma, o resultado abaixo do esperado no terceiro trimestre e a piora nos prognósticos para o quarto reduzem a projeção de crescimento para 2021 e o carregamento estatístico para 2022”.

Pensando em  2022, a previsão foi cortada em mais da metade pelas “surpresas negativas” dos últimos dados, que sugerem perda de dinamismo da atividade e reduzem o carregamento estatístico para o ano seguinte. O otimismo também foi pressionado por novas elevações da inflação, parcialmente associadas a choques de oferta, e o aumento no risco fiscal. No lado oposto, a autoridade monetária destacou que o arrefecimento da pandemia do novo coronavírus observado no Brasil e o aumento das interações sociais devem dar impulso à economia nos próximos meses, principalmente ao setor de serviços. 

O Banco citou como ponto positivo os prognósticos favoráveis para a agropecuária, com expectativa de altas expressivas na produção agrícola, especialmente das culturas mais afetadas por problemas climáticos em 2021.