Economia

Custos da construção crescem 18,9% nos últimos 12 meses em Alagoas

Entre os estados, Alagoas foi o que apresentou a maior variação mensal

Por Da redação com assessoria 09/02/2022 15h03 - Atualizado em 09/02/2022 15h03
Custos da construção crescem 18,9% nos últimos 12 meses em Alagoas
Entre os estados, Alagoas foi o que apresentou a maior variação mensal - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo da construção cresceu 18,9% em Alagoas, segundo dados do Indice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês de Janeiro o índice aumentou em 4,3% no mês de janeiro em Alagoas, 3,64 pontos percentuais acima em relação a dezembro (0,66%). Em janeiro de 2021 o índice foi 3,21%. O custo da construção por metro quadrado em Alagoas, que no mês de dezembro havia fechado em R$ 1.359,69, passou para R$ 1.418,11 em janeiro, sendo R$ 887,55 relativos aos materiais e R$ 530,56 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 1,23% em Alagoas no mês de janeiro, registrando aumento de 0,24 ponto percentual em relação à variação observada no mês anterior (0,99%). Já a parcela da mão-de-obra variou 9,85% em janeiro e em relação à estabilidade observada nos meses anteriores.

Entre os estados, Alagoas foi o que apresentou a maior variação mensal devido à alta na parcela dos materiais e dissídio coletivo registrado nas categorias profissionais. Outros destaques foram Tocantins e Piauí, com 4,14% e 3,34%, respectivamente.

No Brasil, o índice 0,72% em janeiro, 0,20 ponto percentual acima da taxa de dezembro de 2021 (0,52%). Foi o menor índice desde agosto de 2021. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 17,17%, resultado abaixo dos 18,65% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021 o índice foi 1,99%.

"O início de 2022 foi marcado por uma menor pressão de aumento de preços. Janeiro é o terceiro mês consecutivo em que a parcela dos materiais exerce uma menor pressão na variação mensal. Em novembro, a parcela de materiais teve alta de 1,66%, em dezembro de 0,76% e em janeiro de 0,63%. Em relação à mão de obra, fora os acordos coletivos em Alagoas, Tocantins e Piauí, janeiro tem como característica o impacto do aumento do salário mínimo nacional nas categorias sem qualificação, que têm piso muito próximo a esse valor. Serventes e auxiliares têm um reajuste que não é relacionado aos dissídios captados, mas porque as empresas precisam se adequar ao novo piso nacional, que teve alta de 10,2%", comenta o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, ao analisar o panorama do país.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que fechou 2021 em R$ 1.514,52, passou em janeiro para R$ 1.525,48, sendo R$ 915,79 relativos aos materiais e R$ 609,69 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,63%, queda de 0,13 p.p. em relação a dezembro de 2021 (0,76%). Frente a janeiro de 2021 (2,96%), observa-se queda mais significativa, 2,33 p.p.

Mais sobre o Sinapi


O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.