Economia
Setor de serviços cresce 18,5% em Alagoas no ano de 2021, aponta IBGE
Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da série histórica em 2012
Em Alagoas, o setor de serviços teve crescimento de 18,5% em 2021, após ter recuado 16,1% em 2020. Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da série histórica em 2012. Já na comparação de dezembro contra novembro, o setor teve alta de 2,2%, terceiro mês consecutivo de crescimento, acumulando expansão de 4,7%. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde maio (10,9%), o setor de serviços vinha acumulando crescimentos em Alagoas. Em junho (0,2%) a variação foi tímida, mas aumentou em julho (5,4%) e agosto (5%). A sequência foi interrompida com a queda em setembro (-5,7%). No ano, portanto, foram nove taxas mensais positivas e apenas três negativas.
O setor de serviços cresceu 10,9% em 2021, após ter recuado 7,8% em 2020. Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da série histórica em 2012. Já na comparação de dezembro contra novembro, o setor cresceu 1,4%, segundo mês seguido de alta, acumulando expansão de 4,1%
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, entre 2012 para 2019 o setor de serviços acumulou uma variação positiva de 0,1% e, no biênio 2020-2021, uma alta de 2,2%. Ou seja, boa parte do crescimento acumulado dos últimos 10 anos (2,3%) se deve ao desempenho mais dinâmico de alguns segmentos de serviços em 2021.
"Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial", contextualiza.
Ainda para o fechamento do ano, Lobo destaca que houve alta em todas as atividades. "É a segunda vez na série que todas as atividades crescem simultaneamente. Dos dez anos da série, o setor fechou positivo em cinco (2012, 2013, 2014, 2019 e 2021), e, desses cinco, apenas em 2012 e 2021 houve crescimento em todas as atividades".
As atividades que mais se destacaram no ano foram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%). Com o aumento, as duas atividades superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, registradas em 2020.
Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); serviços prestados às famílias (18,2%); e outros serviços (5,0%). No caso de serviços profissionais, administrativos e complementares e serviços prestados às famílias, o crescimento de 2021 não foi suficiente para compensar as perdas de 2020 (respectivamente, -11,4% e -35,6%). Já a atividade de outros serviços vem registrando aumento desde 2018, tendo crescido 6,8% em 2020.
Divulgada mensalmente, a PMS trabalha em todo o país com uma amostra de mais de 12 mil empresas de serviços que possuam 20 ou mais pessoas ocupadas e, além disso, a receita precisa ser proveniente principalmente da atividade de prestação de serviços. A amostra contempla empresas cuja atividade principal está compreendida nos cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0): Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio; Outros serviços.