Economia

Projetos que barateiam o preço dos combustíveis podem ser votados amanhã

Cenário favorável pode ajudar aprovação de projetos para amenizar os impactos causados pela Guerra na Ucrânia

Por Redação com Agência Brasil 10/03/2022 08h08 - Atualizado em 10/03/2022 12h12
Projetos que barateiam o preço dos combustíveis podem ser votados amanhã
Cenário favorável pode ajudar aprovação de projetos para amenizar os impactos causados pela Guerra na Ucrânia - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os impactos nos preços dos combustíveis como consequência dos conflitos entre Rússia x Ucrânia tem preocupado os consumidores. Proprietários de alguns postos de combustíveis de Alagoas também temem os reflexos no repasse do produto para motoristas após conflito.

A votação de dois projetos que visam reduzir os preços dos combustíveis nos postos de combustíveis foi adiada pelo plenário do Senado nesta quarta-feira (9). Mesmo entendendo que o projeto estava maduro e pronto para ser votado, o relator dos dois textos, senador Jean Paul Prates (PT-RN), aceitou o novo adiamento.

“Talvez ganhar mais esses dias nos ajude a ter uma conciliação completa”, afirmou o relator. Ficou pacificado entre os senadores que o tema será analisado amanhã (9), na Ordem do Dia, marcada para 10h - mesmo horário para o início da sessão. À tarde, está marcada uma sessão do Congresso Nacional para apreciação de vetos presidenciais.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020 propõe a simplificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em todo o país. Já o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021 cria um fundo de estabilização para evitar que as constantes mudanças no preço do petróleo e demais variáveis que afetam o valor dos combustíveis sejam sentidas diretamente nos postos de gasolina. Além disso, o PL altera o cálculo do preço dos combustíveis no país.

Pacheco se decidiu após ouvir o vice-líder do governo no Senado, Carlos Viana (MDB-MG), e o relator, além de opiniões de outros colegas sobre o tema. Viana afirmou que o governo também quer votar o tema, apesar de ter partido do próprio vice-líder a iniciativa de pedir o adiamento por duas vezes. “O governo quer a regulação, mas não quer a interferência no mercado. São conceitos diferentes. O governo quer ouvir os estados. É importante que os governadores participem”, disse Viana. Jean Paul afirmou já ter ouvido os governadores sobre o tema, mas as conversas continuaram hoje.

Viana pediu um adiamento mais longo, com previsão de votação na próxima terça-feira (15), mas Pacheco decidiu por votar os projetos amanhã. Ele afirmou que o PLP será votado e “ainda que o governo não queira, será apreciado o PL 1.472 também.”

Em nota, Jean Paul afirmou que as contribuições recebidas têm ajudado na construção de um ambiente favorável à votação. “Recebemos hoje contribuições de atores políticos relevantes, inclusive dos governadores, criando um ambiente de maior entendimento para obter as soluções mais eficazes para a crise atual, em benefício da população brasileira”, afirmou o senador.

“Portanto, comunico que a pedido de colegas parlamentares, foi solicitado ao presidente do Senado o adiamento da deliberação dessas matérias, de modo a nos permitir uma última tentativa de aproximação das demandas de todos os atores, para entregarmos as soluções que o Brasil precisa”, acrescentou.