Economia
Poder de compra das famílias mais pobres é reduzido pela alta do dólar
Aproximadamente 30% dos brasileiros sobrevivem mensalmente com menos da metade de um salário mínimo
Com dólar em alta favorece os investidores e prejudica as famílias no Brasil. Praticamente tudo fica mais caro: encher o tanque de combustível, o carrinho de compras no supermercado, viajar para o exterior. Esses são apenas alguns dos itens impactados diretamente pela desvalorização do real frente à moeda norte-americana.
A renda média da maioria dos brasileiros é abaixo de um salário mínimo, que hoje é estipulado em R$ 1.212, e com isso a preocupação aumenta.
A camada mais pobre da população sofre ainda mais com a volatilidade da taxa cambial porque os preços dos alimentos, como a carne, dos remédios e até dos artigos de higiene pessoal dispararam.
Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o salário adequado para manutenção de uma família no Brasil, levando em consideração dois adultos e duas crianças, deveria ser de R$ 5.657, porém cerca de 30% dos brasileiros sobrevivem mensalmente com menos da metade de um salário mínimo; 70% conseguem somar dois salários mínimos; e 90% têm renda de até R$ 3.500. Ou seja, a maior parte das famílias passa longe do montante e não consegue acessa nem os itens básicos.