Economia
Preços nos postos: Etanol deixa de ser competitivo na média nacional
Valores correspondem ao levantamento semanal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Os preços do etanol e da gasolina seguiram em queda na média nacional na última semana. Esta é a décima primeira baixa consecutiva para o renovável e a terceira redução do combustível fóssil após uma semana de alta.
Entre 10 e 16 de julho, o biocombustível passou de R$ 4,52 por litro para R$ 4,41/L, queda de 2,43%. Já a gasolina foi de R$ 6,49/L para R$ 6,07/L – menor valor para o combustível desde o período de 5 a 11 de setembro de 2021 –, com diminuição de 6,47%.
Os valores correspondem ao levantamento semanal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Como houve uma queda mais acentuada para a gasolina do que para o etanol, o biocombustível deixou de ser economicamente competitivo na média nacional. Ou seja, o preço do renovável ficou acima de 70% do valor da gasolina, ultrapassando a faixa em que é tido como economicamente vantajoso para os consumidores.
De acordo com a ANP, a relação entre o preço do biocombustível e o de seu concorrente fóssil nos postos foi de 72,7%, acima do resultado do período anterior, de 69,6%. Este é o terceiro aumento consecutivo no indicador após oito reduções.
Nas usinas paulistas, o etanol hidratado saiu de R$ 2,9013/L para R$ 2,93/L, aumento de 0,99%, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Além disso, houve queda de 0,07% nas produtoras mato-grossenses e incremento de 0,67% nas goianas.
Em Alagoas, o etanol registra preço médio de R$ 5,65, sendo o terceiro mais barato, seguido de Paraíba (R$ 5,57, 2º colocado) e Piauí (R$ 5,49, 1º). O GLP, o tradicional gás de cozinha, também está na mesma posição em relação ao Nordeste, perdendo no preço apenas para Sergipe (105,28) e Pernambuco (102,97).