Economia

Alagoas Mais Digital irá gerenciar indicadores de produtividade em indústrias no estado

Projeto, que recebeu premiação de R$ 450 mil, é um dos dez selecionados do Digital BR, programa da ABDI de incentivo à transformação digital

Por Assessoria 08/09/2022 15h03 - Atualizado em 08/09/2022 17h05
Alagoas Mais Digital irá gerenciar indicadores de produtividade em indústrias no estado
Alagoas mais digital irá incentivar indústrias no estado - Foto: Reprodução

A Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas, Secretaria Estadual da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas, SEBRAE/AL e SENAI/AL se uniram para criar uma plataforma para gerenciamento de indicadores de produtividade em indústrias, do segmento vestuário, plástico e alimentos: o Alagoas Mais Digital. A iniciativa é uma das selecionadas no edital do Digital BR, programa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O resultado foi divulgado nesta semana.

A plataforma permite que as empresas monitorem indicadores como índice de eficiência do equipamento, tempo médio entre falhas, disponibilidade, custo de manutenção, consumo de energia, estoque, entre outros.

O Alagoas Mais Digital recebeu a premiação de R$ 450 mil e deverá atender 60 empresas industriais de micro, pequeno e médio porte do estado de Alagoas. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Segundo a gerente da Unidade de Transformação Digital da ABDI, Adryelle Pedrosa, todas as dez redes selecionadas irão atender, na etapa piloto, 615 empresas e outras 1.300 na fase de escala.

“Nossa expectativa com os resultados é grande. Esperamos que esses projetos sejam tão bem-sucedidos quanto os do primeiro Edital do Digital BR, que estão aumentando a maturidade digital das empresas participantes com ferramentas, plataformas e estratégias digitais diversas”, afirmou.

Em 2020, a ABDI lançou o primeiro edital do Digital BR e contemplou oito projetos de cinco estados da região Nordeste na fase piloto e três na fase de escala. Os resultados para as MPEs beneficiadas alcançaram, em alguns casos, 52% de aumento médio de produtividade e 20% de aumento médio de maturidade digital, medida por meio da metodologia do Índice Cesar.

Confira todos os selecionados:

1. Mais Performance Moda: O projeto consiste no desenvolvimento e implantação de um sistema inteligente de controle e gerenciamento da produção têxtil em tempo real. Além do desenvolvimento do dispositivo, o projeto prevê oferta de sensibilizações, consultorias e mentorias a empresários em conceitos e processos produtivos alinhados à transformação digital. Na fase piloto deverá atender 60 empresas da indústria têxtil de micro e pequeno porte do Rio Grande do Norte. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Rede proponente: SEBRAE/RN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e FIERN.

2. Inova Digital MS: O projeto prevê o desenvolvimento e implantação de software de gestão e manutenção de ativos (máquinas, equipamentos e instalações) com as seguintes funcionalidades: digitalização das informações dos ativos das empresas através de fotos, vídeos e outros documentos; mapeamento e identificação dos ativos por TAGs QR Code; disparo automático de ações de manutenção de forma digital; inteligência para otimização de planos de manutenção; e uso de indicadores de performance e painéis de gestão à vista. Na fase piloto deverá atender 60 empresas industriais de micro e pequeno porte, do Mato Grosso do Sul. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Rede proponente: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (SEMAGRO), SENAI/MS e SEBRAE/MS,

3. Rota Digital da Moda Goiana: O projeto fundamenta-se na realização de consultorias e capacitação junto a empresários dos segmentos de comércio e indústria do setor da moda em Goiás, por meio da implantação de uma metodologia em Gestão da Inovação para a Transformação Digital, com foco nos seguintes temas: Visão e Direcionamento Estratégico da empresa para a Transformação Digital; Cultura e Engajamento da liderança da empresas; Estrutura e Processos de Inovação para a Transformação Digital; e Recursos e Infraestrutura disponíveis. Na fase piloto deverá atender 60 empresas industriais e de comércio de micro e pequeno porte de Goiás. Na escala, a previsão é ampliar para 120 empresas.

Rede proponente: IEL/GO, SEBRAE/GO, Sindicato da Indústria de Vestuário do Goiás e Fecomércio/GO.


4. Rede pernambucana de inovação tecnológica: O projeto fundamenta-se no desenvolvimento de uma Plataforma como Serviço (PaaS) para monitorar falhas de máquinas e equipamentos rotativos, conectada a sensores IoT que capturam dados de vibração e temperatura. O objetivo é antecipar falhas (desalinhamento, folga, desbalanceamento e cavitação, além de defeitos elétricos nas espiras de rotor e estator de motores elétricos) e evitar paradas não programadas por mal funcionamento de componentes como rolamentos e engrenagens. Na fase piloto, o projeto deverá atender 60 empresas industriais de micro, pequeno e médio porte de Pernambuco. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Rede proponente: Fundação para Inovações Tecnológicas, SENAI/PE e Universidade Federal Rural de Pernambuco.

5. Mais Rondônia: O projeto propõe o desenvolvimento e instalação de medidores inteligentes do consumo elétrico, a fim de permitir a coleta, armazenamento, acesso e uso de dados relevantes para o desenvolvimento de análises e tomada de decisões, com consequente otimização do consumo de energia elétrica e diminuição de custos de operação de pequenas empresas. Na fase piloto, o projeto deverá atender 60 empresas de micro, pequeno e médio porte de Rondônia. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Rede proponente: SENAI/RO, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia e Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado de Rondônia.

6. Alagoas Mais Digital (Rede Alagoana de Transformação Digital): O projeto consubstancia-se no desenvolvimento e na implantação de uma plataforma para gerenciamento de indicadores de produtividade em indústrias, do segmento vestuário, plástico e alimentos. A plataforma tem o intuito de permitir que as empresas monitorem indicadores como: índice de eficiência do equipamento, tempo médio entre falhas, disponibilidade, custo de manutenção, consumo de energia, estoque, entre outros. Na fase piloto, o projeto deverá atender 60 empresas industriais de micro, pequeno e médio porte de Alagoas. Na escala, a previsão é ampliar para 120 indústrias.

Rede proponente: SENAI/AL, Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas, Secretaria Estadual da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas e SEBRAE/AL.

7. HUB da Indústria: O projeto fundamenta-se, sobretudo, na construção de ambiente (Hub físico e Hub Digital) de interação e conexão dos atores do ecossistema de inovação, que seja capaz de identificar os problemas reais das indústrias para aceleração da sua transformação digital, bem como de identificar e conectar soluções e ferramentas digitais que possam mitigar ou eliminar tais problemas, promovendo, portanto, um matchmaking entre demandantes e ofertantes de soluções digitais. Na fase piloto, o projeto deverá atender 65 microempresas industriais do Distrito Federal. Na escala, a previsão é ampliar para 130 indústrias.

Rede proponente: Federação de Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), BIOTIC, SEBRAE/DF e Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC).

8. Bahia in Rede: O projeto está fundamentado na realização de consultorias técnicas de cunho prático para a implantação/integração de ferramentas de marketplace em pequenos negócios, como meio de expansão dos seus canais de venda e de acesso a um mercado consumidor mais amplo. Para tanto, serão disponibilizadas capacitações em métodos e ferramentas de omnichannel, gestão estratégica de compras/insumos/produtos e gestão de estoque por meio de ferramentas digitais e capacitações para seleção de produtos com margens capazes de serem ofertados, gestão de margem/rentabilidade, além de capacitação para desenvolvimento de conhecimento de supply chain. Na fase piloto deverá atender 80 empresas de indústria e comércio de micro, pequeno e médio porte da Bahia. Na escala, a previsão é ampliar para 180 empresas.

Rede proponente: Centro de Inovação Conquista (Hub Conquista), SEBRAE/BA, Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação do estado da Bahia, Fecomércio Bahia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista.

9. Rede MT: O projeto é voltado para empresas da cadeia da carne (prioritariamente as indústrias frigoríficas e açougues) e fundamenta-se na implantação de 4 ferramentas junto ao público-alvo: Lean Design (LD); Lean Manufacturing (LM); Marketing Digital para Pequenos Negócios e a criação de um canal digital, o Portal da Carne. As três primeiras ferramentas dizem respeito a capacitações e consultorias às empresas participantes a fim de que ajustem seus processos produtivos à dinâmica da transformação digital. Já o Portal diz respeito à estruturação de uma plataforma que integrará os ofertantes da cadeia da proteína animal (frigoríficos e açougues) com potenciais demandantes (notadamente restaurantes e hotéis) para facilitar o processo de compra e venda, bem como a publicação de desafios da cadeia. Na fase piloto, o projeto deverá atender 60 empresas de micro, pequeno e médio porte da cadeia de carne do Mato Grosso. Na escala, a previsão é atender 120 empresas.

Rede proponente: Instituto Mato-Grossense da Carne, Instituto SENAI de Tecnologia do Mato Grosso, Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação do estado do Mato Grosso e SEBRAE/MT.



10. Digitalize-SE: O projeto consiste na estruturação de uma plataforma que: (1) identificará o nível de maturidade digital das empresas participantes; (2) proporá plano de ação a ser implementado e acompanhado com apoio de um mentor/agente; (3) identificará solução/fornecedor para sustentar a implantação das práticas sugeridas; (4) facilitará e intermediará o contato, a contratação e implantação da solução identificada; e (5) mensurará o resultado do processo de implementação do plano de ação e das soluções propostas. Na fase piloto, o projeto deverá atender 50 empresas de micro e pequeno porte do segmento de comércio de Sergipe. Na escala, a previsão é estender para 150 empresas.

Rede proponente: Universidade Federal de Sergipe, SEBRAE/SE, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia e Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento de Sergipe.