Economia
Gasolina terá aumento menor que o esperado, um “alívio” para setor de combustíveis
O novo valor do tributo na gasolina será de R$ 0,47, mas o impacto deve ser um pouco menor em função da redução do preço da gasolina A na Petrobras
O governo definiu ontem (28/02) pelo retorno parcial da cobrança (reoneração) do PIS/Cofins na gasolina e no etanol. O valor, no entanto, ficou abaixo do esperado pelo mercado e foi recebido com “alívio” pelo setor de combustíveis.
O novo valor do tributo na gasolina será de R$ 0,47, mas o impacto deve ser um pouco menor em função da redução do preço da gasolina A na Petrobras. O presidente da Fecombustíveis e do Sindicombustíveis-AL, James Thorp Neto, o “Jimmy”, avalia que a carga menor do PIS/Cofins trouxe alívio para o setor.
“No caso do etanol, que terá apenas dois centavos de PIS/Cofins, a expectativa é que o combustível volte a ter competitividade em relação a gasolina em vários Estados”, aponta. James, no entanto, prefere esperar a publicação das novas medidas no Diário Oficial da União para se posicionar sobre o impacto final do preço.
“Existem alguns cálculos que serão feitos e, claro, a negociação entre revendedores e distribuidores, por isso só saberemos de fato qual será o impacto após a publicação da Medida Provisória, que deve sair amanhã no Diário Oficial”, afirma.
No bolso
De acordo com estimativa do governo, o impacto da reoneração do PIS/Cofins no preço final da gasolina deverá ser de R$ 03,4 ou seja, este deve ser o valor que será pago a mais em média pelo consumidor. Já o etanol deve ficar R$ 0,02 mais caro.
Na gasolina, o imposto que volta a ser cobrado é de R$ 0,47 por litro. Mas, com os descontos da Petrobras, de R$ 0,13 no valor do combustível, o impacto deverá ficar em R$ 0,34.No etanol, o imposto será de R$ 0,02. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descreveu o valor como simbólico.
Os valores integrais de impostos antes da isenção eram de R$ 0,79 no litro da gasolina e R$ 0,24 no etanol.
A nova medida, com valores “reduzidos” vale até junho deste. Se nada mudar, os impostos voltam a ser cobrados totalmente em julho, com valores maiores.O diesel continua isento de impostos até o fim do ano.