Economia
Shein: gigante chinesa se reúne com Haddad e anuncia criação de 100 mil empregos
Após turbulências devido à taxação de produtos nacionais, a empresa decidiu investir no mercado brasileiro
A Shein, plataforma de produtos importados, se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em vídeo chamada e firmaram um acordo, onde a empresa chinesa anunciou que criará 100 mil empregos no Brasil. O acordo visa o investimento direto em fábricas nacionais, para a produção das mesmas peças disponibilizadas online. A manifestação da empresa aconteceu após as turbulências do Governo Federal, quanto às taxações de produtos internacionais.
O Ministério da Fazenda olha para o horizonte, onde pretende capitalizar o aporte financeiro, oferecido pelos chineses, para possibilitar a criação de, pelo menos, 100 mil novas vagas de emprego. O investimento do capital vai possibilitar a expansão das operações de diversas fábricas nacionais e estimular outros setores relativos à indústria têxtil.
Os dirigentes da Shein disseram que irão nacionalizar cerca de 85% dos produtos vendidos aos consumidores brasileiros. Além disso, se comprometeram a cumprir todas as legislações fiscais e de taxação nacional, respeitando o pagamento de todos os impostos envolvidos nas operações.
Entenda o caso da taxação:
Na manhã da última terça-feira (18), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo Federal solicitou a isenção de taxas, em compras de até US$50 permaneça, entretanto, com uma fiscalização administrativa mais forte. Haddad confirmou a informação em entrevista coletiva, após o Ministério da Fazenda expressar a intenção de taxar o comércio digital internacional, juntamente à Receita Federal.
De acordo com o Ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou que as taxações fossem revistas e analisadas com mais cautela, devido à grande repercussão negativa após anunciarem a medida. Em suas palavras, Fernando Haddad reforça os pedidos de Lula, além de frisar a concorrência predatória que o mercado estrangeiro pode causar aos lojistas brasileiros:
"O presidente nos pediu ontem pra tentar resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando. Nós sabemos aí que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas que estão abertas aí, sofrendo a concorrência desleal dessa empresa", disse o Ministro da Fazenda.
O Ministro já havia recebido o apoio da Shopee e da AliExpress.