Economia
De D para BB, o salto das finanças de AL: “vão olhar pra gente com outros olhos”
Até 2014 Alagoas estava na vigésima primeira posição na classificação de risco internacional entre os estados brasileiros. A nota do Estado, “D”, era a menor entre as agências de classificação de risco.
Nesse tipo de rating, quanto maior o déficit financeiro, pior a nota de classificação.
A partir de 2015, com a reorganização das finanças do Estado, realizada durante o governo de Renan Filho pelo ex-secretário de Fazenda, George Santoro, Alagoas conseguiu evoluir de D para BB-. Era essa então, até o ano passado, a segunda melhor classificação do Brasil.
Agora já sob o comando da secretária de Fazenda Renata dos Santos, Alagoas dá mais um salto, sai de BB- menos para BB na Fitch Ratings
E essa é a mesma nota do Brasil e a nota máxima que qualquer ente federativo pode alcançar.
“Não dá para ser maior a nota de classificação porque essa nota, porque nenhum estado pode ter uma nota maior do que o Brasil”, explica Renata dos Santos.
A nova nota de classificação anunciada ontem pegou a equipe da Secretaria da Fazenda e o governo de Alagoas de surpresa. E foi motivo de comemoração.
O estado, explica a secretária Renata dos Santos, apesar estava pronto para mudar de cla. “Esse resultado agora, foi surpresa, mas a gente meio que já entendia que poderia acontecer isso, porque melhorou a nota do país. A nossa situação até o ano passado era muito mais favorável do que até da própria União na classificação. Essa avaliação agora foi automática na verdade”, pondera.
“Não teve nosso pedido, o que a agência fez, dado que aumentou a nota da União, foi reavaliar a situação dos ebtes nacionais e verificou que a gente tem toda a possibilidade de ter todas as condições de ficar na mesma nota da União nenhum antes de nacional para ter uma nota superior à da União”, explica.
Na prática, diz Santos, é como se a Alagoas tivesse subido na escala junto aos investidores. Então se alguém, em qualquer lugar do mundo quiser investir no Brasil provavelmente vai olhar quais são os estados que tem a nota igual a do soberano, que e a União e vai olhar a gente com certeza com outros olhos”, enfatiza.
Classificação
A Fitch Ratings, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, elevou o rating de Alagoas de “BB-“ para “BB” – Perspectiva Estável. Entre seus critérios de avaliação de crédito, a Fitch Ratings considera o saldo devedor que as empresas ou governos possuem. Ou seja, o tipo de dívida e seu grau de endividamento. Como também, qual a sensibilidade a riscos sistêmicos.
“O alagoano pode ficar tranquilo. Em AL, o dinheiro público é administrado com responsabilidade e muita competência. A prova disso é que Alagoas melhorou sua nota na avaliação da Agência de Classificação de Risco Fitch Ratings: agora estamos como BB/Estável”, disse o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB).
Os ratings variam de “AAA” (mais positiva) a “D” (menos positiva). São utilizados ainda sufixos “+” ou “-” para indicar diferentes probabilidades de inadimplência. Entre “AAA e “BBB” está enquadrado o chamado grau de investimento. O termo é usado para definir ou não se uma instituição está em condições apropriadas para receber investimentos.
“Sabe o que isso significa? Isso quer dizer que agências independentes confiam na gestão fiscal do Estado, o que melhora nossa imagem no mercado. Avançamos duas casas em relação a análise anterior, algo muito positivo. O nosso compromisso é garantir melhores resultados nas contas públicas”, diz o governador.
Reação dos alagoanos
O levantamento mostra que Alagoas tem mantido superávit desde 2015. Em 2014, Alagoas ocupava a 21ª colocação nesse ranking, passando para a 2ª ainda em 2015. Em três anos, até 2017, o superávit foi de 4,9% em relação à receita
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