Economia

Crescimento do setor de serviços em Alagoas supera a média nacional, aponta IBGE

Ainda de acordo com o levantamento, em agosto de 2023 Alagoas registrou um uma queda de -3,8% no indicador de volume de serviços

Por Redação* 16/11/2023 09h09
Crescimento do setor de serviços em Alagoas supera a média nacional, aponta IBGE
Centro de Maceió - Foto: Reprodução

Em Alagoas, o volume de serviços prestados foi de 0,7%, superando a média nacional, que ficou em - 0,3%, no mês de setembro deste ano. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda de acordo com o levantamento, em agosto de 2023 Alagoas registrou um uma queda de -3,8% no indicador de volume de serviços. O acumulado de janeiro a setembro deste ano foi de 5,6% em todo o estado.

Âmbito Nacional

Com o resultado, o setor opera 10,8% acima do patamar pré-pandemia, cujo percentual refere-se a fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado. No acumulado do ano, houve crescimento de 3,4%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 4,4%.

O maior resultado sobre o índice geral veio dos Serviços Prestados às Famílias, que avançou 3,0%, recuperando boa parte da queda de 3,7%. Entre as atividades analisadas pela pesquisa, duas tiveram destaque. A principal influência foi do segmento Outros Serviços Prestados às Famílias, diretamente impactado pela atividade de espetáculos musicais. O setor de Outros Serviços também cresceu em setembro ( 0,8%), após três resultados negativos seguidos, quando acumulou perda de 3,3%.

Uma queda que chamou a atenção foi a do setor de Informação e Comunicação, que recuou 0,7% e apresentou o terceiro decréscimo consecutivo, acumulando perda de 1,7% entre os meses de julho e setembro deste ano. O setor foi muito pressionado principalmente pelo Setor de Suporte Técnico, Manutenção e Outros Serviços em TI.

Já em transportes, o ligeiro decréscimo de 0,2% foi influenciado pelos setores de Transporte Rodoviário de Carga, o principal segmento desse grupo e um dos maiores pesos da pesquisa, seguido por Transporte Aéreo de Passageiros. “Neste ramo, o resultado foi influenciado pelo aumento das passagens aéreas observado em setembro (13,47%), o que acabou pressionando negativamente a receita real das companhias aéreas”, afirma o pesquisador.



Volume de serviços tem queda após dois anos e meio

Quando comparado com setembro de 2022, o setor de serviços apresentou recuo de 1,2%, interrompendo uma longa sequência de dois anos e meio de taxas positivas nessa comparação. O estado de São Paulo liderou as perdas do setor de serviços, com recuo de 7,3 %. "As menores receitas vindas de gestão de portos, terminais, transporte rodoviário coletivo de passageiros e de serviços financeiros auxiliares, investigadas nos dois setores mencionados, coincidem com as pressões negativas verificadas em São Paulo, que acabou tendo papel determinante para que índice nacional tivesse recuado", afirma o analista.

Por outro lado, Rio de Janeiro (5,5%), Paraná (11,1%) e Mato Grosso (20,8%), seguidos por Minas Gerais (4,3%), Mato Grosso do Sul (12,4%) e Ceará (5,3%) assinalaram os principais avanços.



Atividades Turísticas crescem 1,5% em setembro

O índice de atividades turísticas cresceu 1,5% de agosto para setembro, após queda de 1,4% no mês anterior. Com esse progresso, o segmento opera 4,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,9% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.



Transporte de passageiros e de cargas recuam em setembro

O volume de transporte de passageiros no Brasil teve queda de 1,1% em relação ao mês anterior, eliminando o crescimento de 0,7% que teve em agosto. O segmento agora funciona 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020 e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.

Já o volume do transporte de cargas também variou negativamente, com decréscimo de 0,2% em setembro de 2023, após ter recuado 1,8% em agosto. Este segmento se situa 1,8% abaixo do ponto mais alto de sua série em julho de 2023. Em relação ao nível pré-pandemia, está 43,5% acima de fevereiro de 2020.

*Com informações do IBGE