Economia
Preços nos postos: Etanol fica estável e gasolina cai na média nacional
Enquanto o valor do renovável permaneceu em R$ 3,58/L, seu concorrente fóssil baixou para R$ 5,74/L
Pela segunda semana consecutiva, os preços médios do etanol ficaram estáveis, enquanto os da gasolina tiveram queda. Entre 25 de fevereiro e 2 de março, o biocombustível permaneceu em R$ 3,58 por litro e o seu concorrente fóssil caiu 0,3%, de R$ 5,76/L para R$ 5,74/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Com isso, o renovável aumentou a vantagem comercial na média, seguindo dentro da faixa considerada economicamente vantajosa para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina foi de 62,4% na média nacional, pouco acima dos 62,2% de uma semana antes.
Nas médias estaduais, o biocombustível é competitivo em 11 estados e no Distrito Federal.
Variações nos estados
Nas usinas paulistas, o etanol hidratado saiu de R$ 2,1438/L para R$ 2,1222/L, queda de 1%. Além disso, houve aumento de 0,2% nas produtoras goianas e baixa 0,1% nas mato-grossenses. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa foi feita em 446 cidades, duas e menos do que na semana anterior.
Segundo a ANP, de 25 de fevereiro a 2 de março, os preços do etanol caíram em 11 estados, subiram em nove e no Distrito Federal e ficaram estáveis em seis. Já os da gasolina aumentaram em sete unidades da federação, caíram em 17 e ficaram estáveis em três.
Em São Paulo, o biocombustível ficou estável em R$ 3,42/L, na média. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,61/L, queda de 0,2%. Com isso, a relação entre os preços foi de 61%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,80/L, alta de 0,3% na semana. Enquanto isso, a gasolina ficou estável em R$ 5,84/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis ficou em 65,1%, um resultado vantajoso para o consumo do renovável, mas a maior relação entre os seis estados que mais produzem o biocombustível.
Por sua vez, Minas Gerais registrou queda de 0,6% no preço médio do etanol, para R$ 3,52/L; já a gasolina caiu 0,4%, para R$ 5,58/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 63,1% do preço do combustível fóssil, também em um nível economicamente favorável.
Em Mato Grosso, o preço médio do etanol caiu 2,4%, para R$ 3,24/L, no menor valor dentre todos os estados. No período, a gasolina aumentou 0,3%, para R$ 5,98/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 54,2%, a mais competitiva para o biocombustível no país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol ficou estável em R$ 3,43/L, enquanto a gasolina subiu 0,4%, indo a R$ 5,61/L. Assim, o valor biocombustível correspondeu a 61,1% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 64,3% do preço da gasolina, um patamar também vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol ficou estável em R$ 3,86/L, e o da gasolina em R$ 6/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Pesquisa de preços
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
O levantamento mais recente, entretanto, totalizou 446 municípios.
Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.