Economia
Produção de gás natural cresce 263% e bate recorde no governo Paulo
Entre dezembro de 2021 e dezembro de 2024, de acordo com dados a Agência Nacional de Petróleo (ANP) a produção de petróleo em Alagoas cresceu 89%

Nos últimos três anos Alagoas deu um salto na produção de petróleo e gás natural. O aumento se especialmente após o fim da pandemia de Covid-19 e, principalmente, depois de medidas adotadas pelo governo de Paulo Dantas no incentivo a a atividade, incluindo a aprovação do marco regulatório do mercado livre do gás no Estado, sancionada em novembro de 2024.
Entre dezembro de 2021 e dezembro de 2024, de acordo com dados a Agência Nacional de Petróleo (ANP) a produção de petróleo em Alagoas cresceu 89%, saindo de 1.804 barris por dia para 3.424 barris por dia.
No mesmo período, a produção de gás natural deu um salto bem maior, de 263%, durante o governo de Paulo Dantas, que assumiu em maio de 2022. Em 2021, a produção média do estado de acordo com a ANP foi de 497 mil metros cúbicos por dia (mm3/d).
O crescimento da produção se deu já em 2022, com a retomada da atividade econômica, pós pandemia, a média subiu 71%, para 850 mm3/d. Neste ano outro fator decisivo foi a troca da Petrobras pela Origem na operação planta Alagoas, um conjunto de sete concessões de óleo e gás em terra e águas rasas, além de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) de Pilar e de um gasoduto com mais de 230 km.
Em 2023, o crescimento da produção gás natural foi de apenas 13%, saindo de 850 mm3/d para 961 mm3/d. Em 2024, um novo salto de produção, agora para um volume recorde. De acordo com o boletim da ANP, o Estado fechou o último ano com uma produção de 1.805 mm3/d em crescimento de 87,8% na comparação com o ano anterior. Se considerado o período em que Paulo assumiu o governo, o crescimento chega a 263,18%, quase quatro vezes mais a média de 2021.
O aumento expressivo no volume de produção de gás natural coincide com a sanção em novembro de 2023 da lei do novo marco do mercado livre do gás em Alagoas (veja aqui), que trouxe novos incentivos para o setor no Estado.
Ranking
Com o crescimento na produção de petróleo e gás Alagoas melhorou no ranking nacional da ANP, saindo da 9a para a 8a posição. Já no ranking do Relivre, Alagoas foi,ao lado de São Paulo o único Estado que avançou posições no ano passado e tem agora a segunda melhor legislação do país, como revela reportagem do Estado de São Paulo.
Veja trecho da reportagem:
São Paulo e Alagoas avançam em ranking de regulação do mercado livre de gás
Em contraponto, o Amazonas perdeu posições e só ficou acima do Maranhão; Sergipe lidera o ranking, montado por entidades do setor
(Rio, 14/02/2025)
Os estados de São Paulo e Alagoas avançaram no Ranking do Mercado Livre de Gás (Relivre), enquanto o Amazonas perdeu posições. O ranking, que avalia a regulação de cada estado, é elaborado por entidades setoriais como o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip) e a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace).
Entre as melhorias, destaca-se a liberdade de alocação de capacidade pelo consumidor parcialmente livre, permitindo maior gestão da capacidade contratada no sistema de distribuição entre o mercado regulado e o mercado livre. Também houve a retirada de penalizações relativas ao balanceamento e a flexibilização do uso da capacidade excedente.
Da mesma forma, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) publicou, em dezembro, um documento com a metodologia de cálculo da Tarifa de Uso do Serviço de Distribuição (Tusd) e da Tarifa de Uso Específico do Sistema de Distribuição Exclusiva de Gás Canalizado (Tusd-e), o que elevou sua nota para 78,2 pontos, consolidando o estado na 2ª colocação entre os mais bem preparados em termos regulatórios.
Sergipe mantém a liderança do ranking, com 84,66 pontos, seguido de Alagoas, ambos isolados à frente do restante do país. Entre os estados do Sudeste, Espírito Santo (60,45), Rio de Janeiro (59,25), Minas Gerais (55,47) e São Paulo (50,2) completam a lista dos que superam os 50 pontos.




