Economia
Aumento do custo da energia elétrica é o grande vilão da inflação em fevereiro
Índice de Preços ao Consumidor Amplo acumulou 5,06% em 12 meses, acima da meta de inflação do CMN para o ano, de 4,5%

A inflação, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou alta de 1,31% no mês de fevereiro, abaixo da expectativa de mercado do último Relatório Focus (7 de março), de 1,35%, e acima do IPCA do mesmo período do ano anterior, de 0,83%. Os dados fazem parte do Informativo de Inflação divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mensalmente. Os preços foram coletados de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (referência) contra os preços vigentes entre 28 de dezembro de 2024 e 29 de janeiro de 2025 (base).
De acordo com o levantamento, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 5,06%, acima do limite superior da meta de inflação do CMN para o ano, de 4,5%. O Informativo da CNM realiza o acompanhamento da evolução do IPCA, que é o indicador oficial de inflação do Governo Federal, e sua meta de cumprimento é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O IPCA avalia mensalmente uma cesta de 377 itens para famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos. As edições anteriores do Informativo CNM de Inflação estão disponíveis aqui.
A composição da taxa de inflação demonstra fatores que podem ajudar a entender a inflação no mês. Dos 377 itens analisados no período, 228 (61%) registraram a ocorrência de inflação. No mesmo mês do ano anterior o item alcançou 57%, indicando que a inflação se tornou mais generalizada.
A partir da avaliação da cesta de 377 produtos presentes no IPCA, é possível mensurar os 10 itens que mais (e menos) contribuíram para a taxa de inflação observada no período. As maiores variações ocorreram em “Energia elétrica residencial” (16,80% ou 0,56 p.p.), “Gasolina” (2,78% ou 0,14 p.p.) e “Ensino fundamental” (7,51% ou 0,12 p.p.). No outro extremo, contribuíram com deflação “Passagem aérea” (-20,46% ou -0,16 p.p.), “Cinema, teatro e concertos” (-6,96% ou -0,03 p.p.) e “Arroz” (-1,61% ou -0,01 p.p.).
Para a CNM, ao analisar os últimos 12 meses, o principal elemento de arrefecimento da inflação foi o grupo de habitação, que recuou de 4,0% em março de 2024 para 3,78% em fevereiro de 2025. Essa redução apresenta impactos positivos para a população residente nos Municípios, uma vez que reduz os custos com moradia. Por outro lado, a inflação de alimentação e bebidas acelerou, passando de uma inflação anualizada em março de 2024 de 3,10% para uma inflação de 7,00% em fevereiro de 2025.
