Eleições 2024
Jó diz a servidores públicos que “não haverá perseguição política” no governo de Rodrigo e dela
Em entrevista, candidata também afirmou que AL não pode ser comandada por chefe de orcrim
Os desdobramentos da operação Edema, que investiga o desvio de R$ 54 milhões dos cofres públicos, entre 2019 e 2022; a reta final da campanha para governo de Alagoas e o compromisso da coligação Alagoas Merece Mais com os servidores públicos foram alguns dos temas abordados pela deputada Jó Pereira, candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Rodrigo Cunha, nessa segunda-feira (17), em entrevista à Rádio Antena 7.
Respondendo a uma pergunta de ouvinte sobre os servidores públicos, Jó garantiu que ela e Rodrigo irão tratar as contratações realizadas pelo Estado com muita responsabilidade. “Não haverá perseguição política. Você, que trabalha e sabe que Alagoas precisa do seu trabalho, não pode se submeter à perseguição política. Também não iremos exonerar quem está na linha de frente, prestando serviço e trabalhando. Trabalharemos pelas políticas públicas e em busca de realizar concurso, o que realmente liberta o servidor público”, pontuou.
Em relação à operação Edema, a candidata afirmou: “Tivemos em Alagoas quatro governadores em um ano, tudo isso para concretizar um projeto de poder acordado entre a banda podre da Assembleia Legislativa e os Calheiros. Isso é uma vergonha para Alagoas, o afastamento de um governador-tampão que está só há cinco meses no cargo e já levou o estado às páginas policiais do país”.
Jó Pereira explicou que os R$ 54 milhões em recursos públicos que o governador afastado Paulo Suruagy Dantas é suspeito de desviar, representam inúmeras “ausências” no estado, em todas as áreas. Ela citou como exemplo, na saúde, as longas filas de espera para cirurgias e o Fundo Estadual de Combate ao Câncer (FECC), lei de sua autoria regulamentada esse ano, mas ainda sem recursos em caixa.
“Se esses R$ 54 milhões estivessem no fundo, o dinheiro estaria salvando vidas”, afirmou, com mais um exemplo: “Com esses R$ 54 milhões, as mães alagoanas que recebem R$ 150 por mês, do CRIA, poderiam receber o dobro, R$ 300, durante cinco meses”.
“A investigação está em sigilo, mas aponta para organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, tudo liderado pelo governador afastado. Tínhamos o líder de uma orcrim no governo de Alagoas. Ele não é digno sequer de pedir o voto dos alagoanos e alagoanas”, completou Jó, aproveitando o momento para pedir que Paulo Dantas se explique à população.
“O candidato deixou o alagoano envergonhado e agora, mais uma vez, se esconde atrás do ex-presidente Lula e se esconde atrás da narrativa de golpe e Fake News. Ele ataca as instituições ao invés de se explicar. Ataca o STJ, a PF e, paralelamente, utiliza a força policial do estado para encobrir o que ocorreu no passado e o que continua ocorrendo, prova disso é que tivemos em Alagoas a apreensão de uma mala de dinheiro com o presidente da ALE, aliado de Paulo Suruagy Dantas, enquanto um segurança, da PM, fugia com outra mala de dinheiro para proteger o presidente da Assembleia”, relembrou a candidata.
Parcerias
Jó falou ainda das importantes parcerias que um governo de Rodrigo e dela terão com as prefeituras de Maceió e de Arapiraca, respectivamente as capitais de Alagoas e do Agreste, e reforçou a importância de uma mulher ser eleita na chapa majoritária para comandar Alagoas, pela primeira vez.
Ao final da entrevista, Jó repetiu que Paulo Dantas precisa dar explicações à população, que já conhece o passado do governador afastado, “cujas mãos estão sujas de corrupção”. “O futuro é Rodrigo Cunha e Jó Pereira, é o Fecoep utilizado da forma correta, é a interiorização da indústria. O futuro são os restaurantes Prato Cheio, o Jovem Aprendiz funcionando, é o Fundo Estadual de Combate ao Câncer, o Parto Humanizado, o PAA da Agricultura Familiar que esse governo não teve coragem de executar. O futuro é o Canal do Sertão funcionando, é uma educação garantindo sim o Escola 10, o CRIA, mas aprimorando e entregando mais do que dinheiro, entregando educação de qualidade”, concluiu.