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Quem é o candidato autista a vereador em Maceió que criou uma startup de maconha medicinal

Bob Pedrosa, de 43 anos e tardiamente diagnosticado; ele mantém projeto que facilita acesso a tratamento médico com canabidiol para pessoas em vulnerabilidade

Por Assessoria 13/08/2024 14h02 - Atualizado em 13/08/2024 16h04
Quem é o candidato  autista a vereador em Maceió que criou uma startup de maconha medicinal
Bob Fernandes declara ser o primeiro autista a disputar um cargo para vereador em Maceió - Foto: Reprodução

Primeiro candidato a concorrer uma vaga de vereador na Câmara Municipal de Maceió que se declara autista com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é filiado ao Solidariedade. Bob Pedrosa tem 43 anos e inclui também no seu currículo o título de pioneiro na criação de uma startup de Cannabis Medicinal, em 2013.

Diagnosticado com o transtorno do espectro autista (TEA) e TDAH após os 40 anos, Bob explica que foi realizada uma pesquisa, a qual confirmou que ele seria o primeiro candidato a se apresentar publicamente como autista na capital “Após uma investigação posso confirmar que sou o primeiro candidato a vereador de Maceió autista e com TDAH” reforça.

“Eu falo muito e faço diversas coisas ao mesmo tempo; tenho dificuldade de fazer algumas tarefas domésticas; entretanto sou extremamente focado no meu trabalho. Agora quero usar esse hiperfoco para levar qualidade de vida para dentro da casa dos cidadãos de Maceió”, afirma.

Projeto

Ele mantém ainda, no Benedito Bentes, bairro onde mora, um projeto social, que por meio de uma associação atende crianças, jovens, adultos, idosos e Pets em situação de vulnerabilidade dando acesso ao tratamento com canabidiol (CBD) com produtos com alto padrão de qualidade. 

“Nosso objetivo é que esse produto seja fornecido pelo SUS, semelhante ao que já ocorre com fibromialgia, parkinson e esclerose. São mais de 30 patologias que podem ser beneficiadas pelo fitoterápico canabidiol”, afirma Bob.

Segundo Bob Pedrosa, é preciso na produção do óleo em Alagoas como forma de gerar emprego, renda e qualidade de vida aos moradores das periferias, grotas e favelas. “Hoje, eu já faço um trabalho nesses locais. A ideia é direcioná-lo para a população em situação de maior vulnerabilidade”, afirma.