Entretenimento
O dia que mudou a história de Alagoas
Eleito com mais de 80% dos votos, o professor Divaldo Suruagy retornou ao Palácio Floriano Peixoto, em janeiro de 1995, para cumprir seu terceiro mandato de governador de Alagoas.
A eleição, em 1994, foi quase uma nomeação.
Quem participou da campanha, em 1994, relata que Suruagy era aclamado por onde passava.
Após a posse, uma inesperada gestão marcada pelo desmonte da máquina pública, demissões e atraso de até 8 meses de salários para os servidores públicos.
A popularidade do então governador, com uma longa carreira pública e muitos serviços prestados a Alagoas, foi sendo consumida, mês após mês, até se transformar em revolta e a revolta virou rebelião e a rebelião eclodiu em tiroteio em plena praça pública.
A praça Dom Pedro II, em frente a Assembleia Legislativa de Alagoas, entrou para a história ao se transformar em palco da “guerra” em 17 de julho de 1997.
Foi lá que aconteceu a manifestação com 10 mil pessoas e o tiroteio que deixaram Suruagy entre o banho de sangue e a renúncia.
O professor preferiu deixar o palácio e voltar para casa no dia que mudou, para sempre, a história de Alagoas.
Agora, 20 anos depois, quem não estava lá entre as balas – e esse é o meu caso – tem a oportunidade de conhecer os detalhes desse dia que mudou a vida de Suruagy. E não só dele, mas de todo o povo alagoano.
O jornalista Joaldo Cavalcante participou daquele momento como poucos. Escondido atrás do tronco de uma gameleira, conseguiu evitar as balas, mas não conseguiu evitar o faro de repórter.
Joaldo retorna ao dia que mudou Alagoas, trazendo um relato de 221 páginas, 16 capítulos e 160 personagens, reunidos no livro-reportagem “17 de julho – a gameleira, as lembranças e a história decidida à bala”.
O lançamento da obra será nesta segunda-feira. O livro oferece a oportunidade para que todos, tenham ou não testemunhado o 17 de julho, entendam melhor o dia que mudou a nossa história.
O que posse dizer? Vou ler. Recomendo que façam o mesmo.