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Primeiro dia da Mostra Alagoana de Dança encanta com diversidade
Encanto. Este é o sentimento de quem assistiu ao espetáculo da 14º Mostra Alagoana de Dança, que trouxe para Maceió a etapa final do maior e mais democrático palco da dança no Estado. O primeiro dia de apresentações aconteceu na noite de segunda-feira (24), no Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá.
As apresentações da 14ª Mostra Alagoana de Dança continuam nesta terça-feira (24), no Teatro Gustavo Leite, a partir das 18h30.
Ao todo, 20 grupos passaram pelo o palco do teatro mostrando a diversidade da dança produzida em Alagoas. Street Dance, Dança de Salão, Ballet Clássico, Hip-Hop, Dança do Ventre, entre outros ritmos, foram apresentados na primeira noite do evento.
Unidade Zero, Companhia Eliana Cavalcanti, Dynamus Espaço de Dança, T & W Dança de Salão, SM Nation, The Hababesck Bellydance Company, Cia de Teatro e Dança Afro Aiê Orum e Pés com Passos marcaram presença no primeiro bloco do Espetáculo, que também contou com a participação especial da dupla Jomar Mesquita e Juliana Macedo, da Cia de Dnça Mimulus, de Belo Horizonte.
No segundo bloco, participaram os grupos Secret Vibe, Guerreiros de Oyá Ojú Obá, Itálo Miguel Academia de Dança, Cara Crew, Zambak Cia de Dança Tribal, Ritmos do Sertão e o Grupo de Dança do Ventre do Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte). Jackson Liee e Johnnys Ramone tiveram participações especiais.
“É uma experiência maravilhosa que estamos tendo. É muito importante para Alagoas ter uma mostra de dança, porque incentiva os grupos a procurarem conhecimento e evolução. Todos os anos, nosso grupo apresenta um trabalho novo e diferenciado’, disse o dançarino e coreógrafo Everton Rodrigo, do grupo de Street Dance de Arapiraca.
Para a bailarina Eliane Cavalcanti, que prestigiou o espetáculo, a execução da Mostra fortalece o artista como profissional. “O público é o que fortalece o artista, se não tiver público, o artista não é nada. A mostra sempre foi importante para a realização das pessoas que fazem dança no Estado. É a oportunidade de mostrarmos nosso trabalho mais uma vez. Este ano, a gente já se apresentou na Virada Cultural e agora estamos aqui novamente”, conta.
Segundo a curadora Karina Padilha, o diferencial da mostra alagoana é a circulação no interior. “Estamos realizados depois de ter feito essa circulação pelo interior, onde a gente percebe o quanto a mostra evoluiu e quanto foi bem recebida nos municípios”, disse.
“Nos preocupamos com os artistas que estão distante, sem contato com a dança, e, ao mesmo tempo, oportunizarmos esses artistas a chegarem a lugares mais longes. Os depoimentos são fantásticos, tanto de dança e cultura, mas também com a surpresa de desvendar esses mistérios da nossa bela Alagoas”, ressalta.
Este ano, além dos inúmeros grupos de dança do Estado, a Mostra Alagoana traz artistas de renome nacional e internacional, pratas da casa que vivem fora de Alagoas, mas que possuem grande destaque lá fora. Um deles é o bailarino Jackson Liee, que aos 22 anos já possui um currículo invejável.
Natural de Coruripe, ele é formado pela Joffrey Academy of Dance Chicago e atualmente atua como membro da companhia norte-americana American National Ballet. Deu os seus primeiros passos no Ballet municipal de sua cidade, passando pela Academia de Dança Maria Emília Clark, em Maceió, e Ballet Adriana Assaf, em São Paulo.
“Tem sido incrível a experiência de estar aqui depois de cinco anos fora e ter o reconhecimento de minha terra. Isso é o que nós artistas almejamos. Fico muito feliz de compartilhar com meus irmãos nordestinos a experiência que tive lá fora”, disse o bailarino.
“A Mostra Alagoana de Dança tem um significado especial. Ela celebra os ritmos e os movimentos dessa arte milenar. Realizamos o evento com o compromisso de fomentar e disseminar a dança, levando a arte como ferramenta fundamental para os avanços sociais. O espetáculo está belíssimo. Vale a pena prestigiar”, destaca a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.