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Jorge Vercillo critica cena musical brasileira: "Nível baixíssimo"
O cantor Jorge Vercillo esteve no centro de críticas e elogios depois de publicar um desabafo no Facebook no qual discorre sobre o 'nível baixíssimo de música' consumido pelos brasileiros.
Nesta segunda-feira (5), ele compartilhou um texto supostamente assinado pelo jornalista Arnaldo Jabor que ironiza a música Que tiro foi esse?, da carioca Jojo Toddynho: 'Que tiro foi esse?' Que acertou os tímpanos do nosso povo fazendo-os ouvir lixo achando que é música", diz um trecho.
Em sequência, o artista escreveu uma publicação com a intenção de 'explicar melhor', na qual afirma que 'a responsabilidade desse nível baixíssimo de música é em grande parte do público'.
"Na verdade, hoje muitas pessoas não estão dando a menor importância pra música. Elas vão às festas pra beber e ou arrumar alguém para ficar, namorar, etc... Sinto que parte delas perdeu o ouvido harmônico musical e perdeu também o universo simbólico, a capacidade de interpretação de texto pra alcançar uma letra mais elaborada", disse o autor de Ela une todas as coisas e Que nem maré.
"Todas as manifestações musicais e culturais são legítimas sim! Precisam ser respeitadas e valorizadas! A grande maioria dos artistas de destaque atual no sertanejo, sofrência, funk, queriam no fundo era viver de música de mais qualidade", continuou.
"Muitos deles têm talento total para cantar músicas infinitamente melhores do que eles têm feito e fariam isso sem sair dos seus estilos próprios. Não estou aqui fazendo apologia à MPB, nem muito menos falando pelos meus interesses como artista! Pelo contrário, estou me expondo aqui para levantar uma análise mais profunda pra nós".
Depois da repercussão negativa, Vercillo publicou outro relato, desta vez afirmando que não conhecia Que tiro foi esse? e que as críticas não foram endereçadas ao hit, mas sim ao "sistema que está emburrecendo grande parte da música brasileira e a todos nós".
"Quando o suposto texto de Jabor foi mandado pra mim pelo Whatsapp, me identifiquei muito sim, pela reflexão musical, cultural e política direta e contundente de quem o escreveu, fiz questão de publicar pelo conteúdo mais abrangente e não para criticar nem menosprezar ninguém. Até porque como eu disse antes: todos nós somos responsáveis pela nossa cultura".