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Audiovisual de Maceió receberá investimento de R$ 6 milhões
A maior iniciativa de fomento à produção audiovisual local começa a ser articulada pela Prefeitura de Maceió, por intermédio da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac). A partir de uma ação conjunta com a Agência Nacional de Cinema (Ancine), o Município irá destinar R$ 1 milhão e receber do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) mais R$ 5 milhões para investimentos no setor do audiovisual. O anúncio foi feito pelo presidente da Fundação, Vinicius Palmeira, durante a 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
A parceria acontecerá por meio do programa de editais deste ano da Ancine, que irá destinar aos estados e municípios participantes valores cinco ou seis vezes maiores ao recurso investido localmente. De acordo com o presidente da Fmac, Vinicius Palmeira, este será o maior investimento da história da produção cinematográfica alagoana até então.
“A chamada pública da Ancine vai intensificar a produção de curtas e longas-metragens em Maceió, isto é, iremos melhorar tanto em quantidade quanto em qualidade a nossa produção audiovisual. É o próprio desenvolvimento do setor em Maceió. É importante frisar, ainda, que isso será possível porque criamos ambiência favorável dentro da cena do audiovisual em Maceió”, disse.
“Este processo foi iniciado em 2013, quando começamos a apoiar a Mostra Sururu de Cinema Alagoano, reconhecendo o talento da nova geração do audiovisual. Além disso, firmamos uma parceria importante com o Centro Cultural Arte Pajuçara e favorecemos a criação do Fórum Setorial do Audiovisual de Maceió, por meio da atuação dos representantes deste segmento no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Outro momento importante foi o lançamento do Prêmio Guilherme Rogato, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, possibilitando, inclusive, a produção longa-metragem Cavalo em Maceió”, destacou o presidente da Fmac.
Vinicius Palmeira também atribui a ambiência favorável do audiovisual em Maceió ao trabalho que o diretor de Políticas Culturais da Fundação, Marcos Sampaio, vem realizando desde 2013, e ao retorno do cineasta brasiliense de origem alagoana João Procópio ao cinema alagoano.
Marcos Sampaio explica como o recurso viabilizado por intermédio da parceria com a Ancine será investido. “Com esse valor, iremos incentivar a produção de curtas-metragens, dois novos longas-metragens e filmes produzidos especialmente para a televisão, os chamados telefilmes, além de fomentar a realização de um grande festival voltado para a produção audiovisual e investir em capacitação (cursos e oficinas) para qualificar ainda mais o seguimento”, contou.
“Também teremos uma linha de recursos voltados a projetos de desenvolvimento para aqueles que ainda não têm um projeto definitivo para produção de longa-metragem, mas pretendem iniciar esse processo com contratação de consultorias, assessorias e laboratórios para roteiro”, complementou o diretor.
Caravana Sururu
No último dia 22, cerca de 20 cineastas e gestores alagoanos participaram da programação da 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A delegação chamada de Comitiva Sururu acompanhou a exibição dos curtas-metragens alagoanos “Avalanche”, de Leandro Alves, “Teresa”, de Nivaldo Vasconcelos, “Trem Baiano”, de Robson Cavalcante e Claudemir Silva e “As Melhores Noites de Veroni”, de Ulisses Arthur, e participou de uma mesa sobre experiências regionais de fomento ao audiovisual.