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FotoIfal realiza oficinas de fotografia na 9ª Bienal do Livro em Alagoas

A atividade contou com noções básicas de fotografia, mobgrafia e empoderamento

Por Erika Santana com Blog Circulador Alagoas 06/11/2019 11h11
FotoIfal realiza oficinas de fotografia na 9ª Bienal do Livro em Alagoas
Erika Santana

Entre os dia 2 e 5 de novembro, a oficina “Introdução à fotografia e empoderamento” fez parte da programação da 9º Bienal Internacional do Livro de Alagoas. A atividade foi coordenada pelo professor Gregory Aguiar e pelos alunos do FotoIfal, projeto de extensão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), e contou com noções básicas de fotografia, mobgrafia e empoderamento. A aula aconteceu no Pavilhão de Oficinas, e proporcionou um momento de prática para os participantes. 

Durante a oficina os alunos aprenderam técnicas e o uso da mobgrafia, utilização de celulares para produção fotográfica, para promover o empoderamento. “Sua auto imagem, a imagem de um grupo, de certa forma cria um processo identitário. Então, a fotografia pode ser uma ferramenta de divulgação positiva, já que temos as redes sociais, onde as pessoas podem em si, se reconhecer”, afirmou o professor. 

Gregory aproveitou para comentar sobre a influência dos celulares e essa nova maneira de fazer fotografia. “Na área de fotografia mais avançada, dificilmente o celular vai conseguir ultrapassar a câmera. Ele é um processo de popularização de registro de imagens, que algumas pessoas conseguem utilizar para a fotografia. O celular contribui sim para a difusão do consumo fotográfico, mas também tem um efeito danoso, que é o registo de imagens sem técnica e que acabam levando o nome de fotografia”.

Ex-aluna do FotoIfal e mobgrafista, Dulce Lima também participou da oficina apresentando seus trabalhos e compartilhando técnicas que diferenciam uma simples imagem de um material fotográfico. “Eu sempre tive essa inquietação do ícone de Alagoas ser só água, mar e praia, porque eu acho que ali já está bonito por si só. Ai eu pensei, porque as pessoas não vão ao centro - de Maceió - não pegam os prédios históricos, os museus, e fazem ensaios?. Então comecei a fotografar na rua, por conta própria, e mostrar esses lugares. Comecei a assistir aulas pela internet, mas sentia a necessidade de um aprofundamento. Foi quando eu procurei o FotoIfal, para entender a parte teórica da fotografia, pelo menos a parte teórica básica, e os conceitos”, contou. 

Dulce também comentou sobre a nova onda dos celulares na fotografia. “Continuei no segmento de mobgrafia já que o curso não exige que você tenha câmera. Tem vários conceitos que envolve a câmera mas o celular tem esses recursos hoje em dia, e que estão cada vez mais presente nos aparelhos.”

Após a introdução teórica os alunos partiram para o momento prático na Praça Dois Leões, localizada no Jaraguá, em Maceió, onde está sendo realizada a Bienal do Livro deste ano. 

Para a estudante Priscila Morais, o momento foi de aprendizagem. “Foi fantástico, foi muito divertido, sobretudo a parte externa, parte prática. A gente sai da aula com outros olhos, procurando o que fotografar, muito legal.”

Sobre a oportunidade de participar e levar o projeto à 9ª Bienal em Alagoas, o professor Gregory comentou: “É a primeira vez que participo da Bienal como oficineiro, então está sendo uma boa experiência, a Bienal tem uma boa estrutura e está sendo legal divulgar e difundir as técnicas de fotografia, inclusive a mobgrafia que é uma técnica mais usual e mais palatável para as pessoas”. 

FotoIfal

Coordenado pelo professor Gregory Aguiar, o projeto de extensão criado em 2018, trabalha além das técnicas fotográficas, questões sobre empoderamento feminino, empoderamento negro, e étnico. 

A maioria das vagas são destinadas ao público de fora da instituição e as inscrições ocorrem conforme o lançamento de editais no site do Ifal e nas redes sociais do projeto (@fotoifal).