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Grupos covers de k-pop em Maceió retomam rotina de ensaios

Seguindo recomendações de prevenção à Covid-19, jovens dançarinos se adaptam ao novo normal

Por Mauricio Santana (Estagiário)* com Jornal de Alagoas/sob supervisão 21/09/2020 14h02
Grupos covers de k-pop em Maceió retomam rotina de ensaios
Membros do grupo

O k-pop (abreviação de korean pop, ou pop coreano) é um fenômeno musical que conquistou todos os lugares do mundo por suas músicas contagiantes e coreografias bem elaboradas. Em Maceió, diversos grupos se reúnem e praticam por meses para participar de competições nas quais tentam replicar os movimentos de dança dos boygroups e girlgroups coreanos. Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os preparativos para esse tipo de evento acabaram parando, mas aos poucos a situação vem se regularizando.

De acordo com o universitário Arthur Barbosa, líder do grupo 4Real, a retomada dos ensaios foi decidida em conjunto através de reunião com os demais membros. “No início o pessoal não quis, mas depois, com a melhora da situação aqui na cidade, a galera topou. Tive uma reunião com a dona da academia e ela me explicou todas as regras pra essa volta”, contou Arthur. 

Visando diminuir o valor pago pelos membros para o aluguel dos espaços de ensaios, alguns grupos se unem a outros para a divisão do lugar. É o caso do YTeens, liderado por Emanuel Ribeiro (mais conhecido como “Crido”), que divide espaço com o 4Real e também retomou a rotina de ensaios. 

“A gente não é o grupo responsável pela academia, então dependíamos da decisão do 4Real. Decidimos que só voltaríamos se ambos voltassem, tanto para diminuir o valor da mensalidade, quanto porque funcionamos bem melhor juntos”, relatou Crido. Por volta do fim do mês de julho, os grupos já haviam se reunido, mas optaram por não retomar ainda. 

Como medida de prevenção, todos os integrantes passaram a levar suas próprias garrafinhas de água, todas as salas foram equipadas com dispensers de álcool em gel e o uso de máscara é obrigatório a todos.

“Inicialmente, eu fiquei um pouco relutante com a volta dos ensaios, pois precisava utilizar transporte público e questões de economia. Agora, eu achei muito importante pra mim esse retorno. Esses quase seis meses praticamente sozinha, sem rotina, fez muita falta. A volta mudou completamente meu humor.”, disse Leticia Leite, integrante de ambos os grupos.

Nem todos os grupos optam por voltar 

Apesar de alguns grupos terem optado pelo retorno gradual à rotina, não foram todos que resolveram aderir. É o caso do Olympus (OLP), liderado pela Eduarda Lessa (mais conhecida por “Duda”). O OLP também realizou reuniões virtuais sobre o retorno, mas optaram por não voltar por enquanto.

 “Tínhamos como opção voltar em setembro, outubro, novembro ou dezembro, daí ganhou a opção de novembro, mas com uma ressalva de que se a pandemia piorasse, refaríamos a votação. Também achamos desnecessário voltar agora, pois não tem evento previsto pra esse ano”, contou Duda.

Assim como o Olympus, outros grupos realizaram reuniões e optaram por não voltar. Para Kailee Cardoso, estudante de história da Ufal e co-líder do All For One, o retorno durante a pandemia é desnecessário tanto pela falta de eventos previstos, quanto pelo lançamento constante de novas músicas e novas coreografias. “Se no próximo evento, um desses grupos  não ficar pelo menos no pódio, eu vou rir bastante”, ironizou Kailee.