Entretenimento
Disney+ estreia no Brasil e tem Baby Yoda como trunfo
Personagem é o astro de ‘The Mandalorian’, destaque da plataforma de streaming que traz títulos da Marvel, Pixar, LucasFilm e National Geographic
A esta altura, mesmo que você não seja um fã da saga “Star Wars”, já está careca de saber que a plataforma Disney+ chega ao Brasil nesta semana com uma carta verde, pequena e fofa na manga. Conhecido como A Criança, o alienzinho (logo batizado de Baby Yoda pelos fãs e transformado em meme mundo afora) é o elemento-chave de “The Mandalorian”, spin-off da aventura estelar iniciada por George Lucas em 1977, e principal lançamento do serviço de streaming. A expectativa para ver o guri em ação será quebrada hoje à noite, quando a Globo exibe os dois primeiros episódios da história no Tela Quente. Amanhã, toda a primeira temporada de “The Mandalorian” estará no Disney+. A dobradinha é uma das ações para promover a parceria entre Globoplay e Disney+, que anunciaram combos com descontos para quem assinar os dois serviços de streaming.
“The Mandalorian” estreou em novembro de 2019 nos Estados Unidos, quando a plataforma começou a operar por lá. E o gurizinho verde imediatamente ofuscou o protagonista de carne e osso da trama, o ator chileno-americano Pedro Pascal. A favor do Baby Yoda, além do carisma, há um detalhe: rosto cada vez mais conhecido internacionalmente por papéis em séries como “Game of thrones” e “Narcos”, Pascal só aparece na trama estelar com um capacete enfiado na cabeça. Ele vive Din Djarin, ou Mando, um caçador de recompensas da tribo guerreira mandaloriana, que tem por princípio nunca mostrar o rosto em público.
Segunda temporada
Isso não diminui a chuva de afeto causada pela interação do estoico sujeito com A Criança. Na primeira temporada da trama, ele encontra a pequena criatura (um personagem animatrônico que exigiu até cinco operadores de marionete para ser movimentado) e decide protegê-la. Os dois viajam pelos confins da galáxia em aventuras que fizeram os fãs mais arraiagados de “Star Wars” relembrarem os velhos tempos de “O Império contra-ataca” e “O retorno de Jedi”. A segunda temporada estreou lá fora no dia 30 de outubro e traz mais referências da saga de George Lucas, como a lua de Tattoine e a armadura de Boba Fett, outro mítico caçador de recompensas da trama original.
Criada por Jon Favreau, diretor de dois “Homem de ferro” e do remake de “O Rei Leão”, a série surpreendeu sobretudo porque a franquia “Star Wars” parecia desgastada demais. Críticos e fãs da saga que já assistiram a “The Mandalorian” decretaram: ela resgata o sentido épico e aventureiro original da saga de George Lucas. A trama se passa pouco tempo após os eventos de “O retorno de Jedi”, quando o Império foi derrotado pelos rebeldes liderados pela Princesa Leia, Luke Skywalker e Han Solo, deixando um vácuo de poder na galáxia. É neste contexto que conhecemos Mando, a ex-rebelde Cara Dune (Gina Carano), que se torna mercenária e se une a ele, o enigmático Moff Gideon, um remanescente do Império interpretado por Giancarlo Esposito (de “Breaking Bad” e “The Boys”), e o excêntrico Cliente, interpretado pelo cineasta alemão Werner Herzog, que deseja colocar as mãos no pequeno alien protegido pelo personagem-título.
Disponível em 36 países, o Disney+ desembarca agora na América Latina com um catálogo de mais de 40 produções originais, 500 filmes, 7.000 episódios de TV entre séries, curtas e documentários, e exclusividade sobre conteúdos da Lucasfilm, Marvel, Pixar e National Geographic. A expectativa com a nova plataforma é alta: o mais recente relatório de lucros da The Walt Disney Company aponta que a Disney+ saltou de 60,5 milhões de assinantes elo mundo em agosto para 73,7 milhões em outubro. E a América Latina é um enorme mercado a ser explorado.
— Nossa oferta não será apenas o conteúdo global das marcas que todo mundo conhece — diz o argentino Hernan Estrada, presidente da Disney no Brasil. — Vamos ter também produções originais brasileiras. E algumas já estão prontas para entrar como lançamento. Temos um comprometimento gigante com isso.
‘Hamilton’ e Beyoncé
Baby Yoda pode ser a primeira, mas não é, no entanto, a única arma da empresa nessa corrida. Os catálogos de filmes, séries e documentários de Disney, LucasFilm, National Geographic e Marvel, hoje espalhados por diversas outras plataformas, serão exclusivos do novo serviço. O musical “Hamilton” e a superprodução “Black is king”, de Beyoncé, também se destacam na oferta de conteúdo. Além das produções internacionais, Hernan Estrada diz que o Disney+ terá ainda uma parcela importante de conteúdo brasileiro.