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Festa das Águas realiza live para debater sobre a cultura preta
Após a publicação de 18 vídeos de grupos afro percussivos alagoanos na primeira edição da Festa das Águas online, vem a culminância da primeira etapa do projeto com a live que busca aprofundar o debate sobre a cultura preta em Alagoas, suas nuances, particularidades, desafio e potencialidade para a economia criativa.
Com o tema: Ancestralidade atemporal: passado, presente e futuro, a live, que seria realizada no dia 21, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, foi adiada para sábado (27), devido à problemas técnicos, e contará com a participação do Mestre Wilson Santos, percussionista, produtor da festa, professor e coordenador da Orquestra de Tambores de Alagoas; Sirlene Gomes (Professora Rasteirinha) - CEPA Quilombo; Christiano Barros - Produtor Cultural/ Coletivo AfroCaeté; e Jonathan Silva - Administrador/ Rede Cenafro e Formmer Afro; além de Luila De Paula, como mediadora. Para participar da live, basta acessar o link: https://www.youtube.com/channel/UC5l68tXbSLmFWKwnQWvJHeA/videos .
“Os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos são de uma beleza enorme. O que a gente observa, para além da identidade, dessa relação com Zumbi dos Palmares, temos também a questão cultural. Estamos exportando linguagens artísticas relacionadas à questão afro. Nós temos uma pérola na mão que ainda não foi lapidada. Se a gente consegue observar, junto à sociedade e ao poder público, essa cultura afro como fonte de geração de renda, de fortalecimento da economia criativa, a partir do diálogo com a educação e trade turístico, temos inúmeras possibilidades, e observar esse movimento como alagoano, que pode e deve agregar muitos valores para o nosso estado”, observou Wilson Santos, percussionista, produtor da festa, professor e coordenador da Orquestra de Tambores de Alagoas.
A festa, considerada o maior evento afro percussivo de Alagoas, é realizada há 11 anos na praia de Pajuçara para reverenciar Iemanjá e apresentar a nossa cultura. Devido à pandemia, o evento não pôde ser realizado em 2020. Com a aprovação da Lei Aldir Blanc de Apoio à Cultura, o projeto da festa foi inscrito no edital Dinho Oliveira, da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas (Secult) e selecionado. Os grupos se dividiram em cinco dias de gravações, cumprindo o protocolo sanitário, no palco centenário do Teatro Deodoro, com o apoio da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal).
A Festa das Águas ganhou o mundo através das redes sociais. Os vídeos estão disponíveis no Instagram, Facebook e Youtube.