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Espetáculo erudito “Coisa de Preto: Um concerto à brasileira” tem apresentação nesta quarta (17)

Concerto erudito começa às 20h, no Teatro Deodoro

Por Redação com Ascom Secult 17/11/2021 13h01
Espetáculo erudito “Coisa de Preto: Um concerto à brasileira” tem apresentação nesta quarta (17)
Espetáculo de Diogo Nogueira é um grito de resistência e amor - Foto: Reprodução/Amanda Bambu

O cantor lírico Diogo Oliveira comemora seus dezessete anos de carreira apresentando ao público o seu novo concerto erudito: Coisa de Preto – Um concerto à brasileira. O evento irá acontecer nesta quarta-feira (17), às 20h, no Teatro Deodoro.

No repertório, um apanhado de canções da música de câmara brasileira como nomes como Chiquinha Gonzaga, Waldemar Henrique, Heckel Tavares, Babi de Olivevira, entre outros. A presença da percussão chega para quebrar o tradicional formato clássico de música erudita de câmara. Atabaques, batuques e pandeiros terão lugar de protagonismo no concerto, trazendo e mantendo a pulsação rítmica tão comum e presente na música afro brasileira.

Coisa de Preto será apresentado com uma estética que tem como base a música erudita, porém, sem abrir mão dos elementos de influência da música negra brasileira que são destaque no espetáculo. O público irá sentir os ritmos como lundus, maxixes e pontos de macumba.

Com direção de Carlos Alberto Barros (AL), o concerto é composto pelo tenor alagoano Diogo Oliveira, o pianista carioca Rafael Simonaci e a percussão de Wilson Santos (AL). Também haverá performance de dança com Alexandrëa Constantino.

Diogo Oliveira cursou bacharelado em canto, na Universidade Federal de Alagoas e, desde então, o canto lírico faz parte da sua vida. “O canto lírico me trouxe para dentro das ciências da voz. Estudar essa ciência me fascina e me faz estar sempre atuante como profissional da voz”, comenta o tenor, que também é professor de canto. Para cuidar da voz, continua se aperfeiçoando, mantém o treinamento vocal quase que diariamente e também é acompanhado por uma fonoaudióloga e um preparador vocal.

Coisa de Preto, mais que um concerto de música erudita, é um grito de resistência e amor, no difícil contexto pandêmico atual. O projeto ressignifica uma expressão popular racista, enaltecendo a negritude através de uma arte que historicamente era apresentada em salas de espetáculos e teatros onde cultuavam a cultura européia.

Mesmo enfrentando um cenário local desfavorável à música erudita, Diogo Oliveira continua firme, e, com Coisa de Preto coloca a musicalidade preta no centro. O projeto é realizado com recursos federais da Lei Emergencial Aldir Blanc para a cultura.