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Curta-metragem alagoano “A Barca” é finalista da 20° edição do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro

O curta estreou em 2020 na Mostra de Cinema Tiradentes e já participou de mais de 80 festivais em 20 países

Por Ascom Secult 25/11/2021 12h12
Curta-metragem alagoano “A Barca” é finalista da 20° edição do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro
Cena do filme "A Barca" - Foto: Nilton Resende

Considerada uma das mais importantes premiações do audiovisual em nosso país, o Grande Prêmio de Cinema Brasileiro de 2021 selecionou entre os seis finalistas o curta-metragem alagoano “A Barca”, dirigido por Nilton Resende na categoria Melhor Curta-Metragem Ficção. A lista com as produções selecionadas foi divulgada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Visuais.

O filme, que se baseia no conto “Natal na Barca” da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles, se passa em meio a uma travessia de barco em plena noite de Natal, numa lagoa escura e gélida, duas mulheres abordam temáticas profundas sobre os mistérios da vida e da morte. Uma delas carrega um bebê e a outra questiona tudo à sua volta. Um acontecimento inesperado ao fim da travessia é o ápice do enredo, ainda podem ser reconhecidas referências à mitologia grega, numa mistura de fantasia e realidade. O elenco é composto por Ane Oliva, Wanderlândia Melo, Aline Marta, Yan Claudemir e Rogério Dyaz.

“A barca” estreou em Alagoas janeiro de 2020 na Mostra de Cinema Tiradentes, integrando a Mostra Foco. O curta, que percorreu mais de 80 festivais em 20 países, atualmente já recebeu 30 prêmios e alcançou lugares como o Festival de Cinema de Havana, o Bolton Festival, o Fantaspoa, o Curta Brasília e o Curta Cinema. Também foi contemplado no IV Edital de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas, de iniciativa do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Sobre o diretor:

Nilton Resende atua no audiovisual desde 2005, mas para além da direção ele também é roteirista, escritor, preparador de elenco e professor da Universidade Estadual de Alagoas.

Nilton é um escritor, ele escreve poemas, contos e outros textos desde 1998, publicou vários livros, entre eles o Diabolô, de 2011.

Em sua conta do Instagram, ele publicou: “Estarmos na final do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma alegria enorme e é, também, uma mostra de como o cinema alagoano tem estado cada vez mais maduro e visível. E tais maturidade e visibilidade advêm do trabalho e da luta de todos que fazem e fizeram o nosso cinema, desde o seu começo. Advém das políticas públicas e democráticas pelas quais nós tanto lutamos, desde a campanha do Quebre o Balcão até os dias atuais. Então, por esta indicação, agradeço à Lygia Fagundes Telles, atual decana da literatura brasileira, por sua obra manancial; às pessoas que votaram em nós; e a todos que estão inscritos na história do cinema produzido em Alagoas. Se A BARCA nos diz que, em alguns momentos, podemos ver morte onde há vida ou podemos ver vida quando tudo em torno aponta para a morte, as pessoas do cinema alagoano dizem o mesmo, embarcando numa longa e interminável jornada de esperança por dias melhores.”, escreveu.

Além do curta alagoano, concorrem ao prêmio: 5 Estrelas, de Fernando Sanches; Egum, de Yuri Costa; Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira; Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela; e República, de Grace Passô. A premiação será transmitida ao vivo pela TV Cultura, no dia 28 de novembro, às 20h.