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Moradores de Penedo celebram sua cultura no Festival das Águas

A localidade, mais conhecida como Barro Vermelho, celebrou suas tradições no evento

Por Redação 31/03/2022 11h11
Moradores de Penedo celebram sua cultura no Festival das Águas
Roda de capoeira - Foto: Reprodução/Samuel Alves

Penedo só existe por causa do Rio São Francisco. E graças ao seu porto natural de localização privilegiada, a estratégica vila colonial se consolidou no recanto onde surgiu o primeiro bairro penedense, o Santo Antônio.

A localidade mais conhecida como Barro Vermelho celebrou suas tradições no Festival das Águas, trabalho da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDSH) da Prefeitura de Penedo que também destaca a importância do ‘Velho Chico’.

Com a presença de estudantes da Escola Municipal Douglas Apratto Tenório e pessoas da comunidade, o evento foi aberto fazendo referência a José Antônio da Silva, 59 anos, morador do bairro que faleceu nesta quarta (30) horas antes do evento.

A programação prosseguiu com a primeira participação do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA). Em seguida, integrantes do Criança Feliz (programa que atende mais de 400 meninos e meninas de 0 a 3 anos em Penedo) destacaram o uso consciente da água com teatro de fantoches.

A peça e tudo que foi levado ao público tinha tradução simultânea por intérpretes de Libras, pessoal qualificado que o governo Ronaldo Lopes coloca junto com os professores, nas salas das escolas, para atender estudantes que necessitam desse tipo de apoio.

Do público infantil aos adultos, o Festival das Águas abriu espaço para as mulheres assistidas no CRAS Santo Antônio. O grupo dançou com a mesma energia que demonstra nas manhãs de terça à sexta, dias das atividades recreativas e de exercícios físicos que realizam ali mesmo, na nova orla do Barro Vermelho.

A inclusão no serviço de assistência da SEMDSH é aberta a qualquer pessoa com perfil de baixa renda. Basta apresentar cópia do CPF, RG, comprovante de residência e NIS, documento que viabiliza acesso a benefícios e programas.

Uma pausa na diversão veio com o alerta da professora Karlinne Cordeiro. Ela enalteceu o valor das relações entre população/rio e a importância de preservar costumes, de manter viva a herança cultural da comunidade ribeirinha também representada por Tadeu e Seus Bonecos, artista plástico e carnavalesco, e a produtora da Folia na 15, Linair Feitosa, festa que resgata o frevo de rua no bairro.

Laços que unem gerações do Barro Vermelho entraram em cena novamente com os Milionários do Samba. Adultos e crianças cantando canções, tocando instrumentos, acompanhados por passistas e fãs no ritmo da batucada fundada em 1945, mantida desde então por filhos e netos dos fundadores.

Parte da história da batucada e da formação do bairro Santo Antônio foi contada por Fábio Zacarias Santos. Natural da comunidade e turismólogo formado pela Ufal, em Penedo, ele trabalha na SEMDSH e está aprofundando sua pesquisa sobre os malês, africanos de religião muçulmana que viveram no Barro Vermelho.

Da herança afro, a programação do Festival das Águas trouxe o grupo de Capoeira Mandingueiros de Penedo, que encerrou a programação que ofertou ainda atendimento de serviços da SEMDSH, sorteio de brindes, lanche e brincadeiras para as crianças.

*Com Decom PMP