“Quero te abraçar profundo, sentir seu coração batendo…” esse é o sentimento que expressa o retorno do músico Jonavo a Maceió. Agora, os voos alçados são ainda maiores, porque o seu novo show – “Revoada Acústica” – será apresentado no palco do Teatro Deodoro, no dia 21 de maio, às 20h. Os ingressos custam R$25,00 (inteira) e R$12,50 (meia-entrada); eles estão à venda no link.

O músico já trouxe sua música “folkpop” à cidade há três anos e decidiu iniciar a nova turnê pelo Nordeste. “Foi por aqui que iniciei a turnê de 2019 e fui acolhido com muito carinho pelo público. Em Maceió, encontrei a Ana Luiza Bargham, que se tornou uma importante parceira para realização desse sonho, não só difundindo meu trabalho por aqui, mas se tornando minha produtora na região”, conta Jonavo.

O som do artista, por si só, já leva o espectador a uma experiência imersiva gigante, trazendo a leveza oriunda do acústico, somada ao lado místico e intrigante do folk e do pop. Todos esses elementos serão reforçados pela obra “As Franjas Do Mar”, de Ana Luiza Bargham, da produtora Cult Viva, responsável também pela cenografia. A escultura tem cerca de 9 metros, é feita com tubos de papelão e dezenas de retalhos de calças jeans arrecadadas numa campanha pela artista durante o processo de produção.

“Tocar no palco sagrado do Teatro Deodoro é muito mais do que jamais esperei. Quero fazer desse momento algo muito além de um show de música, mas um encontro significativo com as pessoas, contando as histórias por trás das canções e mostrando no palco o poder de acreditar nos sonhos e seguir esse caminho com fé. Só isso justifica essa realização”, destaca o músico.

Assim como outros artistas, Jonavo também precisou se reinventar no período da pandemia. Em 2020, estava marcado para acontecer a gravação do DVD “Revoada Acústica”, primeiro da sua carreira solo; o espetáculo estava sob direção do renomado diretor carioca Jorge Brivilatti. O show teria público presente, no entanto por conta do avanço da covid-19, todas as atividades com público foram suspensas. Então, o projeto mudou de formato, sendo realizada uma live no canal do Youtube do cantor.

“As Franjas Do Mar”

Como foi dito, parte da experiência do espetáculo será para além da música, porque a cenografia vai trazer uma obra que é uma verdadeira instalação no palco. Ela possui mais de 9 metros de extensão no total e é feita com material reciclável como tubos de papelão e dezenas de retalhos de calça jeans aplicadas à mão.

O conceito da escultura, a leveza e o poder dela vão se misturar com toda a mística que o show propõe estabelecer aos espectadores. “Desde o primeiro momento em que ouvi, recebi ‘Beira Mar’ (música de Zé Ramalho) como um grande presente, um enigma a ser desvendado por caminhos que só o coração conhece. Alice, a curadora, me vendo indecisa diante de que música escolher, me apresentou a canção recitada em forma de poesia. Eu não fazia ideia do que aconteceria dali para frente, eu só sabia que teria de ser. Assim como na música, ‘mergulhei profundo’ na ‘Beira Mar’ e me descobri imersa nas minhas próprias profundezas. Um mês inteiro de trabalho intenso, entre campanha para doação, captação e execução da obra e um trabalho intenso ainda maior dentro de mim”, explica Ana Luiza sobre o processo de concepção da obra.

Além dessa instalação no palco, outras surpresas estão sendo preparadas para o show, algumas delas com participação direta do público.

Responsabilidade social e troca de energias

Toda arte tem um propósito. Seja entreter, provocar, encantar… Porém e se todos esses objetivos pudessem ser reunidos em prol de uma causa? É exatamente isso que o músico faz com sua arte. Em 2019, ele foi chamado para fazer uma apresentação na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE ) em Minas Gerais, e agora resolveu retomar a iniciativa.

A cada show da turnê “Revoada Acústica”, ele se apresenta gratuitamente em uma unidade da APAE. Em Maceió, não será diferente: “a ideia de fazer os shows nas APAEs surgiu na cidade de Itamonte/MG, onde eu toquei em uma APAE e a APAE me tocou. Pensei que fosse tocar para ajudar e acabei sendo ajudado, quero retribuir tudo o que eu ganho de bom nas estradas”. O objetivo da instituição, desde a sua criação em 1954 no Rio de Janeiro, é promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla.

*Com Ascom Diteal