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Exposição “Meu Mundo é o Papel” entra em cartaz nesta quarta (7) na galeria do Teatro Deodoro
Exposição do artista plástico Agélio Novaes concretiza sua arte em novas formas e texturas
O cenário das artes plásticas alagoana vai encerrar 2023 com a exposição “Meu Mundo é o Papel”, do artista plástico Agélio Novaes. A mostra tem entrada gratuita e estreia no próximo dia 7, às 19h, na Galeria de Artes Visuais do Complexo Cultural Teatro Deodoro. O conjunto de obras promete levar os espectadores a uma viagem através dos novos processos de criação com o papel, sempre com ares de fantasia e carregado de leituras sociais do passado e presente.
A exposição mantém o protagonismo da celulose nas criações de Agélio Novaes, mas desta vez o artista quis ir além, buscando as inúmeras possibilidades da sua principal matéria-prima. O resultado foi a criação de 80 peças, entre colagens, esculturas em papel machê e gravuras digitais, construídas com sua técnica já famosa de recorte e união de pedacinhos de papel.
Tudo isso será apresentado em novas dimensões, volumes, cores e texturas e intercalados com outras matérias-primas. Outro elemento surpresa é a apresentação inédita de parte das produções teatrais de Agélio Novaes, com a exposição de alguns dos seus principais figurinos e adereços feitos para artes cênicas em Alagoas. Para a diretora-presidente da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), Sheila Maluf, a exposição deixará o público imerso nas possibilidades de uso do papel para as artes plásticas. “Será uma honra encerrar o ano com as obras do Agélio Novaes, que possuem uma riqueza de detalhes, cores e nuances. É uma alegria receber na Galeria um artista renomado e versátil. Convido todos para visitar ‘Meu Mundo é o Papel’ a partir do dia 7 de dezembro. Está imperdível”.
A mostra marca o retorno de Agélio Novaes depois de ter seus planos adiados pela pandemia. Mas, esse hiato causado pelo isolamento em nada paralisou o artista, pelo contrário. Ele usou seu tempo de confinamento para produzir e mergulhar em um novo universo, cujo desafio era testar os limites do papel. “Nesse difícil tempo de reclusão eu construí um novo ateliê e me debrucei sobre ideias que me levaram a variadas formas, texturas, cores e na infinitude de possibilidades da arte com papel. O resultado de tudo isso estou entregando a vocês nessa exposição”, relata o artista.
Mesmo nesse novo momento criativo, ele preserva suas características mais relevantes de criação, as quais o destacam nas artes plásticas. Alagoanidade, cultura popular, a dicotomia entre o sagrado e o profano, a história, a conexão com o homem e o animal, a crítica social, e muita, mas muita imaginação. Preparem-se para essa viagem fantasiosa durante essa exposição.
Para dar mais brilhantismo, três particularidades inéditas serão encontradas nesse conjunto de obras: esculturas nas cores brancas; uma série de sete quadros em homenagem aos negros brasileiros e quadros em estilo steampunk (obras ambientadas no passado, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na história real).
Para sincronizar todas essas obras, a curadoria da exposição é assinada por Walter Karwatzki-Chagas Maffazzioli, escritor, artista visual e doutor em processo e manifestações culturais. “No conjunto dessas obras somos colocados diante de três aspectos essenciais para o fulgor da vida. O artista nos aguça à fantasia, à memória e ao estranhamento”, adianta o curador. “Receber na Galeria de Artes Visuais do Teatro Deodoro a exposição de Agélio Novaes é uma alegria enorme e mais uma consagração para o equipamento, que teve um ano memorável. A arte de Agélio é magia e encantamento, criatividade e técnica apuradas, entrar em seu mundo de papel é uma experiência grandiosa, às vezes até difícil de acreditar que aquela obra existe, e a forma que se fez existir”, afirma Alexandre Holanda, gerente-artístico e cultural da Diteal.
Estrutura
A exposição foi estruturada em três grandes segmentos expositivos: apresentação de obras de parede, formada por colagens planas, colagens em relevo, pintura em papel e infogravuras. As obras esculturais foram realizadas com as técnicas de papietagem e papel machê. E as obras cênicas, formadas por um grande acervo de fotografias de espetáculos, cartazes, figurinos, adereços e materiais cenográficos.
Compõem o corpo técnico da exposição a arquiteta Inês Amorim, responsável pela expografia, textos de Walter Karwatzki e Homero Cavalcante e fotos de Felipe Camelo e do diretor e roteirista Alexandre Henrique Pires.
A abertura contará com apresentação musical do Trio Cai Dentro e a leitura dramatizada do texto O Papel Nosso de Cada Dia, do teatrólogo Homero. A exposição poderá ser visitada até o dia 15 de janeiro. A Galeria de Artes Visuais do Complexo Cultural Teatro Deodoro fica aberta as segundas, terças, quintas, sextas e sábados das 8h às 18h; às quartas-feiras das 8h às 20h; e aos domingos e feriados das 14h às 17h. As visitas guiadas - para escolas, instituições ou grupos - podem ser agendadas pelo e-mail [email protected] ou no número (82) 98884-6885.
*Ascom Diteal