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Compositor alagoano processa Marcynho Sensação por violação de direitos autorais
Ação judicial busca reconhecimento da autoria da música “Não Quero Só Sexo (Mulher Roleira)” e pede indenização

O cantor Marcynho Sensação e a banda Caribbean Hits estão no centro de uma disputa judicial envolvendo a autoria da música Não Quero Só Sexo (Mulher Roleira) . O compositor alagoano Ricardo Flor afirma ser o verdadeiro criador da obra e iniciou com uma ação para recuperar seus direitos, pedindo indenização por perdas e danos e a remoção da canção das plataformas digitais.
Segundo Flor, uma composição surgida em 2002, incluindo um trecho instrumental conhecido como Solinho Envolvente . No ano seguinte, a música passou a ser realizada pela banda alagoana Ragga Ôla, da qual ele fazia parte. No entanto, a falta de um registo formal na época facilitou a sua apropriação por terceiros.
Em 2005, Woldon Campos, da Caribbean Hits, registrou a canção como se fosse sua, desconsiderando sua existência anterior. Flor afirma que tentou resolver o caso de forma amigável, sem sucesso, o que o levou a buscar a Justiça.
Para comprovar a autoria, o compositor anexou ao processo gravações antigas da banda Ragga Ôla, incluindo um show gravado pela Rádio Pajuçara FM em 2004. O Ministério Público já se manifestou favoravelmente à causa dos compositores, permitindo o avanço da ação.
Marcynho Sensação e o uso indevido da música
Além da disputa com a Caribbean Hits, a ação também questiona o uso da introdução instrumental Solinho Envolvente de Marcynho Sensação. Segundo Flor, o cantor utilizou o trecho sem a devida autorização, o que configura violação dos direitos autorais.
Marcynho já discutiu polêmicas semelhantes no passado, como o uso não autorizado de uma música de DJ Ivis e Tarcísio do Acordeon. Agora, ele volta ao centro de uma acusação de apropriação indevida de uma obra musical.
Em nota, a assessoria de Marcynho afirmou que obteve permissão da Caribbean Hits para gravar a canção e que, caso a Justiça reconheça Flor como autor legítimo, está disposto a regularizar a situação e pagar as devidas autorizações.
O processo tramita na Comarca da Capital do Estado da Paraíba, com apoio de escritórios especializados em propriedade intelectual no Rio de Janeiro, Alagoas e Ceará.
Com Jornal Extra.
