Esportes

Ministro anuncia reforço na segurança após cerco a ônibus da seleção

Eduardo Cardozo admite que esquema de segurança falhou no Rio de Janeiro

Por Ivan Richard com Agência Brasil 28/05/2014 15h03
Ministro anuncia reforço na segurança após cerco a ônibus da seleção
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu nesta quarta-feira (28) que o esquema de segurança falhou ao permitir que manifestantes cercassem o ônibus da seleção brasileira na última segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, antes de a delegação seguir para Teresópolis, local da concentração da equipe.

Cardozo classificou o episódio de “pontual”, mas disse que serão feitos ajustes no esquema de proteção das seleções. “Tivemos uma questão pontual no Rio de Janeiro. Dialogamos com o secretário [de Segurança Pública, José Mariano] Beltrame, ao lado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general [José Carlos] De Nardi, e as questões pontuais, pouco a pouco vão aparecendo e vamos solucionando. Importante é que o plano [de segurança] existe e vamos ter um excelente padrão de segurança na Copa do Mundo”, afirmou o ministro.

Ele voltou a defender as manifestações populares, desde que sejam pacíficas. “Cabe a nós garantir a liberdade de manifestação, mas jamais permitiremos abusos, seja de onde vierem. Não podemos permitir que pessoas usem a liberdade de manifestação para praticar atos ilícitos, nem que exista violência por parte de policiais. Tudo isso está planejado dentro do que concebemos para ter uma boa Copa e um bom padrão de segurança”.

Para Cardozo, os episódios recentes de manifestações, principalmente perto de estádios da Copa, não devem afastar os torcedores de outros países. “Acho que os estrangeiros devem se sentir seguros, sim. [A atuação das forças de segurança] mostra que a polícia está presente para garantir a lei, a liberdade de manifestação e não permitir abuso. Em várias partes do mundo, sempre que tivemos eventos, houve manifestações e, em alguns casos, com ultrapassagem do limite. A polícia deve garantir a liberdade de manifestação e evitar que as pessoas abusem. Quem abusar, será punido”, afirmou o ministro.