Esportes
Ágatha e Larissa fazem a final em Maceió
O público lotou a arena montada na Praia de Pajuçara, neste sábado (02) na expectativa de ver as melhores duplas em ação na disputa das semifinais do Superpraia A. E foi o que aconteceu. Eleita a melhor em seis categorias em nove possíveis, Larissa, ao lado de Talita, que defende Alagoas, garantiram vaga na decisão contra Ágatha e Bárbara (PR/RJ).
A primeira dupla a garantir vaga na disputa pelo ouro foi Ágatha/Bárbara Seixas (PR/RJ) derrotou as campeãs do Circuito Mundial Juliana/Maria Elisa (CE/PE) por 2x0 (21/19 e 21/10). A paranaense e a carioca aproveitaram a vantagem de conseguir a classificação para a semifinal de forma antecipada e menor desgaste para impor o ritmo de jogo às adversárias.
O jogo começou com uma largadinha de Bárbara Seixas no contra-ataque. O volume defensivo das duas duplas no início do set permitiu ralis disputados, mas Ágatha e Bárbara ficaram com a vantagem depois do erro de Maria Elisa, 5/2. As campeãs do Circuito Mundial se recuperaram e encostaram, 8/7. A troca de bolas seguiu até que Juliana, com um ace, igualou o placar, 12/12. Juliana/Maria Elisa conseguiram a virada, e após bela diagonal da Juliana, fizeram 16/15. Ágatha e Bárbara reassumiram a frente e fecharam a parcial com o erro de Juliana, 21/19.
A set seguinte iniciou da mesma forma que o anterior, com ponto de Bárbara Seixas. A paranaense e a carioca continuaram firmes na defesa e convertendo os contra-ataques, abriram 5/1 no placar, obrigando a técnica adversária, Letícia Pessoa, parar o jogo. Boa sequência de saques da Bárbara fez a diferença subir para nove pontos, 11/2. Juliana e Maria Elisa exageraram nos erros não forçados permitindo que as adversárias descolassem mais ainda, 16/4. Sem dar chance para as oponentes, Ágatha e Bárbara fecharam o set 21/10 e o jogo em 2x0.
"Eu e a Bárbara não fizemos tantos resultados bons como esperávamos nesta temporada, estivemos em algumas semifinais, mas não fizemos muitas finais, pegamos alguns bronzes . Não estivemos em 100%, mas isso é muito difícil de trabalhar na cabeça do atleta, estávamos trabalhando pensando no Circuito Mundial, mas o atleta tem pressa em ganhar, chegar logo ao resultado, precisamos fazer um grande exercício de paciência. Estamos muito felizes de chegarmos à final, vendo que estamos no caminho certo", disse Ágatha ao fim da partida e ainda comentou sobre os bons resultados comuns à dupla na capital alagoana.
"Os lugares em que a gente gosta de estar nos traz sempre bons resultados, mas, pensando por essa lógica, temos que fazer com que os outros lugares sejam bons também (risos). Na verdade o sentimento de ser bem acolhida, ter amigos aqui, esse conjunto faz que seja especial jogar aqui. A estrutura oferecida é ótima, Maceió tem um om astral para a nossa equipe", completou a paranaense.
Na finalíssima Ágatha e Bárbara terão pela frente as campeãs do Circuito Brasileiro, Larissa e Talita (PA/AL) que superaram Fê Berti/Taiana (RJ/CE) por 2x0 (21/14 e 21/13). Elas mostraram em quadra porque levaram, juntas, oito dos nove prêmios individuais da temporada 2014/2015, seis para Larissa e dois para Talita.
Taiana converteu a primeira virada de bola do duelo. Com as duas duplas regulares no passe e no ataquem o placar se manteve parelho. Aproveitando um contra-ataque Talita fez 8/7. O bom desempenho de Larissa na defesa, que lhe rendeu o prêmio de melhor neste fundamento na temporada, ajudou a dupla a abrir vantagem, e com o bloqueio de Talita sobre Fê Berti, o placar marcava 18/12. Larissa deu números finais com uma largada no fundo, 21/14.
No segundo set o saque das campeãs do circuito brasileiro dificultou o trabalho das adversárias. E no erro de ataque de Fê Berti, Larissa e Talita abriram 5/3. Com mais um ace de Talita, a dupla aumentou a diferença e fez 11/7. Com melhor ritmo de jogo as líderes do ranking alargaram a vantagem e com o erro de saque de Taiana fizeram 18/11. A melhor bloqueadora da temporada, Talita, mostrou o porque do título, e fechou o set com um bloqueio, 21/13.
"Alagoas acreditou em mim desde o meu início, principalmente o presidente (da CBV) Toroca, chegar à final aqui é uma forma de retribuir. Ele e outras pessoas aqui de Maceió me ajudaram a tornar-me uma jogadora antes mesmo de eu imaginar chegar tão longe", comentou Talita, que é natural de Aquidauana (MS), mas é federada por Alagoas.
"Eu e a Larissa abrimos mão de muitas coisas para nos dedicarmos a este projeto e é muito bom ver que está dando resultados, e ainda mais de forma tão rápida. Ser campeã do Circuito Brasileiro e dividir com ela tantos prêmios de melhor da temporada é um sacrifício, mas não uma coisa ruim, fazemos o que amamos", concluiu a bloqueadora que conquistou o título do Superpraia na temporada passada quando ainda jogava com Taiana.
O SuperPraia foi criado em 2014 para reunir as duplas que mais se destacaram ao longo da temporada do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. O torneio A é disputado pelos seis melhores times do ranking, além de duas equipes convidadas. Na sequência do ranking, os outros oito times se enfrentam no SuperPraia B. Na primeira edição, em Salvador (BA), Alison e Bruno Schmidt (ES/DF) e a antiga parceria formada por Talita/Taiana (AL/CE) ficaram com o ouro.
Além do título, a premiação também é um dos grandes atrativos do torneio de encerramento da temporada. Os times campeões do SuperPraia A recebem R$ 79.950, valor superior, por exemplo, ao oferecido aos vencedores de uma etapa Open do Circuito Mundial (U$ 11 mil). Já os campeões do SuperPraia B recebem R$ 20.347. No total, os dois torneios distribuem pouco mais de R$ 800 mil em premiações às duplas.