Esportes
Com medalha olímpica, Yohansson e Maurício Borges têm 2016 de gala
Para Maurício Borges e Yohansson Nascimento, o ano de 2016 vai ficar gravado na memória. Ano olímpico, ano de conquistas, ano de medalhas. Pode-se dizer que os alagoanos deitaram, rolaram e saíram por cima na edição da Rio 2016. Do seu jeito, cada um escreveu seu nome na história esportiva do Brasil.
Maurício teve uma experiência inesquecível na Olimpíada. Foi a primeira vez que o ponteiro disputou o Jogos, um sonho de criança. Ele teve a chance de representar o Brasil, de defender o seu país em casa, diante de uma torcida apaixonada. Em quadra era possível ver um sorriso genuíno a cada ponto marcado, um grito forte que ecoava a cada vitória, mas também era possível sentir a pressão, o medo de deixar o ouro escorregar pelas mãos.
A batalha foi dura, mas Maurício preferiu dar um passo de cada vez. O caminho foi longo, encarou adversários difíceis, mas sempre confiante, sempre acreditando, sempre com um sorriso no rosto. Juntos, eles driblaram as desconfianças e seguiram firme, firme rumo ao lugar mais alto do pódio, o terceiro ouro da equipe brasileira em uma Olimpíada – já tinha conquistado em Barcelona, em 1992, e Atenas, em 2004. O dia 21 de agosto vai ficar marcado como o dia em que o Brasil quebrou um jejum de 12 anos sem um ouro olímpico no vôlei, o dia em que o Brasil bateu uma Itália sedenta. Foi a primeira medalha olímpica para Maurício e a primeira medalha olímpica para Alagoas.
E, além do ouro olímpico, Maurício Borges ainda faturou a medalha de prata na Liga Mundial, realizada em julho, na Cracóvia. Em entrevista ao GloboEsporte.com em agosto, Maurício falou da alegria de conquistar uma medalha olímpica.
– É bom demais, isso não tem nem explicação. Ser campeão é o sonho de todo atleta. Quando eu subi no pódio, eu não imaginava... Sonhava, mas não imaginava chegar tão alto, no auge. Ser o primeiro ouro olímpico alagoano não tem nem explicação. Ainda não caiu a ficha, por mais que passem os dias, eu acordo, sento no sofá e fico pensando: “Poxa, eu sou campeão olímpico”.
Se Maurício tem muito para comemorar esse ano, Yohansson também tem. Nas Paralimpíadas do Rio, o alagoano conquistou a sua quinta medalha olímpica nos 100m T47, com o tempo de 10s79, sua melhor marca.
Com a categoria dos 200m, sua especialidade, de fora dos Jogos, Yohansson concentrou a atenção na prova dos 100m e, conseguiu se dar bem, garantindo lugar no pódio paralímpico. Quem venceu a prova foi o brasileiro Petrúcio Ferreira, que estabeleceu o novo recorde mundial da prova com o tempo de 10s57.
Para Yohansson, o futuro é incerto e ele prefere não fazer previsões. Mas quem sabe Alagoas não conte com o talento do velocista nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
– Não é fácil você passar três ciclos paralímpicos como melhor do mundo. Treinamos dia após dia para chegarmos a isso. Quero fazer as coisas com calma. Próximo ano tem Campeonato Mundial, tenho um excelente treinador e quem sabe não posso chegar em Tóquio para disputar a minha quarta Paralimpíada – declarou.