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Vice no Alagoano e acesso para a Série C: veja como foi o ano do CSA

Por Globo Esporte 30/12/2016 10h10
Vice no Alagoano e acesso para a Série C: veja como foi o ano do CSA

O ano de 2016 para o CSA pode ser resumido em uma palavra: superação. A equipe estava sem divisão e apenas com a expectativa de disputar o estadual. Mas o Azulão queria mais. No primeiro semestre, não quebrou o jejum de sete anos sem conquistar o título alagoano, e perdeu o campeonato para o seu maior rival, mas garantiu uma vaga na Série D e mais duas competições para disputar em 2017 – a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. Com a garantia de um calendário completo no ano que vem, o clube continuou evoluindo.

Na segunda metade de 2016, a cada jogo, o CSA ganhava ainda mais a confiança do seu torcedor, que empurrava o time em busca do acesso à Série C. Em casa, com o Rei Pelé lotado, o sonho foi alcançado na partida contra o Ituano. E, debaixo de granizo, no campo do São Bento, o Azulão garantiu a vaga na final da Quarta Divisão. Porém, mais uma vez, a fome de título permaneceu, e o time ficou com o vice-campeonato brasileiro, após enfrentar o Volta Redonda.

JANEIRO

Em janeiro, o CSA se preparava para a disputa do Campeonato Alagoano. Durante a pré-temporada, enfrentou o Itabaiana em um amistoso, no Mutange, que chamou a atenção pelo comparecimento e apoio dos torcedores azulinos.
No início do ano, o CSA tinha o objetivo de afastar todas as más lembranças dos anos anteriores e lutar para conquistar a taça do estadual – coisa que o Azulão não consegue há sete anos. O clube investiu e trouxe de volta o técnico Oliveira Canindé e sua comissão técnica. No elenco, apostou em jogadores experientes e competitivos.

Na estreia do Alagoano, o Azulão venceu o Penedense por 3 a 0, em uma partida muito disputada e difícil por conta da retranca estabelecida pelo adversário. Após muita insistência, o CSA saiu do Gerson Amaral somando os três pontos que queria.  Ainda em janeiro, o CSA conquistou mais duas vitórias no estadual: 4 a 0 contra o Ipanema, no Rei Pelé, e venceu o Coruripe, fora de casa, por 1 a 0.

FEVEREIRO

O CSA sustentava a melhor defesa e estava invicto no campeonato, fazendo boas partidas. Entre elas, a goleada por 5 a 1 em cima do Penedense. O clube buscava se manter na liderança do Grupo A.

Em fevereiro, o CSA faria o seu primeiro clássico de 2016 contra o maior adversário, o CRB. Começaram as projeções, todo o elenco estava motivado e buscava a vitória. Entretanto, no dia do jogo, o resultado foi apenas um empate, que teve um gosto amargo para os jogadores. O time se classificou para o hexagonal do Alagoano sem entrar em campo, após a ajudinha do Coruripe, que venceu o Sete de Setembro por 3 a 0.

MARÇO

O Azulão continuava treinando em ritmo intenso, mas também preocupado com as três últimas rodadas da primeira fase do Alagoano. Entre os jogos, outro Clássico das Multidões estava previsto. O CSA não vencia um clássico contra o CRB desde 2013, mas no dia 13 de março a situação mudou e o time marujo aplicou uma goleada por 4 a 1 no rival. O resultado empolgou a torcida e os jogadores azulinos.

O CSA encerrou a primeira fase do Alagoano como o melhor visitante: venceu as cinco partidas que disputou fora de casa. Além disso, também foi o time com melhor campanha – somou nove vitórias e encerrou a primeira fase invicto. Fora dos campos, a torcida ajudava na reforma da academia no CT Gustavo Paiva, vendendo adesivos.
Com a aproximação do hexagonal, o CSA reforçou o time: contratou o goleiro Evandrízio, o volante Jonata Escobar e o atacante Pedro Gusmão. O primeiro desafio era contra o Murici e o Azulão respondeu à altura, conquistando uma vitória por 3 a 0, que deixou o time na liderança.

Enquanto isso, o Azulão se preparava para enfrentar o Coruripe e também para o clássico contra o ASA. Nas duas partidas, vitória por 2 a 1 contra o Hulk, e 1 a 0 contra o Fantasma.

ABRIL

Com a boa fase, o técnico Oliveira Canindé foi sondado por outras equipes mas garantiu sua permanência no CSA. O Azulão perdeu a primeira partida no hexagonal, contra o Santa Rita, por 2 a 0. Com o resultado, o CSA também deixou escapar a invencibilidade na competição. Mas a equipe não teve tempo de lamentar, pois em seguida enfrentaria o CRB em mais um clássico.

E a partida deu o que falar: teve provocação, gol contra e virada do CSA por 2 a 1. A segunda vitória do time diante do rival em 2016.

Na fase final do hexagonal, além da esperança do título alagoano, outra coisa também atraia a atenção do CSA: a vaga para a Série D do Brasileirão. Como fez uma boa campanha durante as oitavas de final do campeonato, a única coisa que estava entre o Azulão e a vaga eram dois empates com o Murici nos dois jogos da semifinal. Caso alcançasse o resultado, o clube conquistaria não só a tão sonhada vaga no Brasileiro, mas disputaria também o Nordestão e a Copa do Brasil de 2017.

Na primeira partida contra o Hulk, o CSA conseguiu um empate por 2 a 2, o que deixou toda a expectativa para a partida de volta, no Rei Pelé. E no segundo jogo o Azulão não decepcionou: venceu por 2 a 1, garantiu a vaga na final do estadual e também o calendário, não só com a Série D, mas também com as competições do ano seguinte.

MAIO

No primeiro dia do mês, o CSA encarava o CRB na abertura do mata-mata decisivo do Campeonato Alagoano. A equipe vinha embalada. Dos três clássicos realizados durante o estadual, o Azulão empatou o primeiro e venceu os outros dois – um deles de goleada –, e por isso o time estava confiante de que o resultado do primeiro confronto da finalíssima pudesse ser favorável. Mas não foi isso o que aconteceu.

Num jogo bastante equilibrado, o CSA perdeu por 2 a 0 e viu a vantagem na grande final ir para o adversário. O momento pedia calma e concentração, para administrar os prejuízos e tentar recuperar o resultado no último duelo. O time marujo tentava acabar com outra escrita: desde 2000, dos 16 mata-matas que o Azulão participou, só em três o time alcançou o resultado necessário.

Mas esse não foi o ano do título. Na grande final do estadual, o time perdeu mais uma vez e foi vice-campeão. O campeonato ainda teve seu final manchado com cenas de selvageria dentro de campo, protagonizadas por torcedores das duas equipes.

JUNHO

A estreia na Série D se aproximava e o técnico Oliveira Canindé continuava montando o time. Entretanto, quando o grande dia chegou, o CSA foi derrotado pelo Parnahyba por 2 a 1 e a equipe precisava se refazer para o próximo desafio diante da sua torcida. Com a chegada de Azul e a volta de Katê, o time foi se desenhando, e a primeira partida em casa animou o elenco: o Azulão goleou o Guarani-CE, por 6 a 0. Mesmo assim, a frase de ordem era a de "manter os pés no chão”.

O CSA ainda venceu o Central, por 2 a 1, no Rei Pelé, pela terceira rodada, e assumiu a liderança do grupo.

JULHO

Com os ânimos renovados, a equipe do CSA buscava crescer ainda mais no campeonato. A torcida azulina se organizava para invadir Caruaru e apoiar o time durante a partida de volta contra o Central. Chegando lá, o Azulão encontrou um adversário fechado e encerrou a partida com um empate sem gols. Cenas lamentáveis também foram vistas, em um confronto entre as torcidas, que precisou da intervenção da Polícia Militar para serem contidas.

Enquanto isso, o meia Didira aguardava as negociações para voltar a vestir a camisa azulina e adiantava que o objetivo no time seria o acesso à Série C. A diretoria também trouxe para o elenco o goleiro Pantera.

Ainda pela primeira fase, o CSA enfrentou novamente o Guarani e o Parnahyba. Contra o time cearense, conquistou vitória por 3 a 2, fora de casa, e contra o time do Piauí segurou um empate por 1 a 1. Sendo assim, o Azulão finalizou a primeira fase na liderança do Grupo A6 e conquistou a vaga para a fase seguinte.

No mata-mata, o time enfrentaria novamente o Parnahyba-PI. O CSA não conseguia vencer em fases decisivas de Campeonatos Brasileiros desde 2002. Mas dessa vez foi diferente, e o Azulão quebrou a primeira “maldição” do ano: venceu o Tubarão por 2 a 1, na casa do adversário, e conseguiu vantagem para chegar à terceira fase da competição. Enquanto isso, o CSA era punido no STJD após os incidentes ocorridos durante a partida contra o Guarani-CE. 

E, no último jogo do mata-mata, o Azulão confirmou a sua classificação para a terceira fase da Série D. A equipe marcou três gols em cima do Tubarão e seguiu para as oitavas de final do campeonato.

AGOSTO

Após a classificação, o elenco azulino ganhou duas semanas para se preparar para o novo desafio na Quarta Divisão: a equipe enfrentaria o Altos-PI. A ordem era não levar nenhum gol na primeira partida contra o time piauiense, no Rei Pelé. E, para isso, o técnico Oliveira Canindé fazia testes para definir o time.

O CSA esperava jogar com casa cheia para obter o maior apoio possível da sua torcida. Enquanto isso, os dois lados se provocavam fora dos gramados, inclusive com o técnico do Altos dizendo que a equipe maruja não assustava.

Mas como futebol se decide dentro das quatro linhas, o Azulão se impôs e quebrou a invencibilidade do adversário. Marcou três gols em cima do Altos e abriu uma boa vantagem para o jogo de volta, no Piauí. Lá, as coisas foram diferentes e, após muita pressão do time piauiense, o CSA perdeu a partida por 2 a 0, mas garantiu a vaga nas quartas de final da Série D. O adversário da vez seria o Ituano e a briga tinha objetivo conhecido: uma vaga na Terceirona do Brasileiro. 

O primeiro duelo era fora de casa e, por isso, a diretoria azulina se organizou para que os torcedores não perdessem nenhum minuto da primeira partida pelo acesso. Um telão foi colocado no Mutange para que todos pudessem assistir juntos ao jogo que poderia mudar a história do CSA em 2016. E o resultado encheu os azulinos de esperança: dentro da casa do Ituano, o Azulão venceu por 2 a 1 e trouxe para Maceió a partida que definiria a vaga.

SETEMBRO

Na semana decisiva, os jogadores procuravam se tranquilizar para enfrentar o Ituano. O técnico Oliveira Canindé cobrava determinação da equipe e a torcida prometia lotar o Rei Pelé para acompanhar o CSA durante os 90 minutos da decisão. E os torcedores azulinos saíram recompensados: após Cleyton fazer o gol, ainda no primeiro tempo, o Azulão segurou o placar e garantiu a festa azul e branca no Trapichão.

Avançando para a semifinal, a missão do CSA era conquistar o título da Série D e, para isso, precisava passar pelo São Bento. O Azulão se prendeu ao bom desempenho em casa e apostou nisso para conquistar vantagem em cima do time de Sorocaba. E conseguiu: no duelo azulino, vitória do alagoano por 2 a 0, o que deixou o time a um passo de disputar a sua quarta final em um Campeonato Brasileiro.

Em Sorocaba, o CSA foi recebido pelo time paulista debaixo de um temporal e saiu de alma lavada – mesmo sendo derrotado por 1 a 0, o Azulão assegurou a vaga na final da Série D e enfrentaria o Volta Redonda na briga pelo título brasileiro.

No primeiro confronto da final, o CSA pegou o Voltaço em Maceió, com casa cheia. A torcida gritava o tempo todo para incentivar o time. Em um jogo equilibrado, com chances dos dois lados, ninguém saiu com vantagem para a grande decisão, no Rio de Janeiro.

OUTUBRO

Em Volta Redonda, as coisas não saíram como o esperado pelo time alagoano. O CSA errou muito dentro de campo e viu o Voltaço aplicar uma goleada, por 4 a 0, que deixou o Azulão com o vice-campeonato brasileiro da Série D.

Com o final do campeonato, a diretoria azulina começou a se preparar para a temporada de 2017. Renovou o contrato do técnico Oliveira Canindé e de alguns jogadores.

O CSA conheceu também o grupo da Copa do Nordeste: além de ABC e Itabaiana, o Azulão  ficou na mesma chave do CRB, garantindo mais dois Clássicos das Multidões no calendário.

Enquanto isso, o meia Didira era notificado pelo STJD, após uma acusação do Ituano que dizia que o jogador estava irregular. Mas a diretoria logo tranquilizou os torcedores.

Além das renovações e reforços, o CSA também buscou um novo patrocinador e assinou uma parceria com a Umbro. Outra medida tomada pelo clube foi arrumar a casa para a temporada 2017.

NOVEMBRO

Perto do início da pré-temporada, as projeções a respeito do time começavam e Oliveira Canindé planejava um elenco mais forte. A diretoria também fechou a parceria com a Umbro e organizou uma grande festa de lançamento do novo uniforme azulino. A tabela da Copa do Nordeste foi divulgada, e o CSA conheceu o seu calendário de jogos na competição.

Algoz do CSA na grande final da Série D, o goleiro Mota foi confirmado como reforço do Azulão para 2017 e falou sobre a oportunidade.

DEZEMBRO

Prestes a começar a pré-temporada, o CSA apresentou o elenco para 2017 e a nova camisa azulina, que contou com a presença ilustre da rainha Marta na festa de lançamento. Entretanto, a camisa não foi bem aceita pelos torcedores.

O CSA marcou ainda dois amistosos com o Confiança para o início de janeiro. Enquanto isso, o Azulão conheceu o seu primeiro adversário na Copa do Brasil: o time marujo pega o Sport, em partida única, que vale classificação para a segunda fase.

Com calendário cheio, e apertado, no ano que vem, o CSA continua se preparando para mudar outra vez de patamar.